https://www.urantia.org/pt/o-livro-de-urantia/documento-5-relacao-de-deus-com-o-individuo
Em 2004 um amigo me entrega uma pilha solta de 400 páginas aprox. do então absolutamente desconhecido LIVRO DE URÂNTIA no Brasil. Eu estava retornando à Suíça naquele ano em abril, depois de tentarmos achar um lugar para viver aqui, após aprox. 9 meses de busca (minha irmã mais nova e eu).
Em 2009, agora já vivendo no Brasil há anos, além de já ter baixado o livro em PDF, comprei sua primeira edição em Português, na minha amada Livraria Cultura em São Paulo, no Conjunto Nacional, que eu visitava a cada dois, três meses, visto que morava na região metropolitana de São Paulo (como agora de Curitiba – exatamente a 60 km também).
Estudei o Livro em 2010 e postei passagens chaves dele no meu espaço no Scribd (uma espécie de SITE COLETIVO), onde, até hoje, tenho aprox. 120 documentos, entre textos, artigos, poesias, contos e até alguns livros meus.
Em função de um vídeo do Dr. Lair Ribeiro, que nem de longe tocou no tema Jesus ou religião, mas apenas de como encontrar sua Vocação e depois como Viabilizar tal -decidi copiar partes interessantes do Livro sobre Jesus, que postei no artigo SER OU NÃO SER – e relendo tais, eu mesma fiquei curiosa de copiar outras partes sobre o fascinante tema dos AJUSTADORES DE PENSAMENTOS.
TRECHOS CHAVES DO LIVRO DE URÂNTIA SOBRE
OS MISTERIOSOS AJUSTADORES DO PENSAMENTO
Segue a Introdução ao Documento 5, dividido em vários Capítulos:
A Relação de Deus com o Indivíduo
Mas antes, rapidamente um dado curioso: ao buscar por partes chaves, minutos antes eu tinha me perguntado onde e quando O Livro cita a forma pela qual os indivíduos deveriam fortalecer seu contato com os Ajustadores do Pensamento – nome dado ao Livro pelo que alguns chamariam de Espírito do Pai ou Deus-Pai-Fonte, ou algo similar. Provavelmente equivalente ao Atman dos Hindus – e assim cada povo e época deu um nome distinto ao mesmo Fractal Divino que habita nos Humanos. Sendo que as religiões clássicas de todos os povos apenas enfatizam o contato com Deus através de algum Sacerdote, Deuses, e similares enquanto a cristã se foca em Jesus. No entanto, quando lemos as partes abaixo, veremos alguns detalhes muito interessantes, sobre a função de um Jesus (Cristo-Michael), entre outros.
5:0.1 (62.1) SE A mente finita do homem é incapaz de compreender de que modo um Deus tão grande e majestoso, como o Pai Universal, pode descer da Sua morada eterna na perfeição infinita para confraternizar com a criatura individual humana, então esse intelecto finito deve depositar a sua segurança, de comunhão divina, na verdade do fato de que um fragmento real do Deus vivo reside no intelecto de cada mortal urantiano [Urântia = Planeta Terra] de mente normal e com uma consciência moral. Os Ajustadores do Pensamento residentes são uma parte da Deidade eterna do Pai do Paraíso. O homem não tem de ir além da própria experiência interior de contemplação, da presença da realidade espiritual na sua própria alma, para encontrar Deus e alcançar a comunhão com Ele.
5:0.2 (62.2) Deus distribuiu a infinitude da Sua natureza eterna entre as realidades existenciais dos Seus seis absolutos coordenados; contudo, Ele pode, em qualquer momento, fazer contato pessoal direto com qualquer parte, fase, ou espécie de criação, por meio da atuação dos Seus fragmentos pré-pessoais. E o Deus eterno reservou também, a Si próprio, a prerrogativa de outorgar personalidade aos Criadores Divinos e às criaturas vivas dos universos dos universos; e Ele Se reservou, além disso, a prerrogativa de manter um contato direto e parental com todos esses seres pessoais, por meio do circuito da personalidade.
O capítulo 1 é tão completo que vou copiá-lo na íntegra para animar a ler os demais capítulos, dos quais vou somente copiar frases ou parágrafos chaves (seriam como versículos, pois tendo quase 2 mil páginas, O Livro teve que achar um meio racional de enumerar seu vastíssimo conteúdo).
1. O Caminho até Deus
5:1.1 (62.3) A incapacidade da criatura finita de chegar até o Pai infinito é inerente, não ao retraimento do Pai, mas à finitude e às limitações materiais dos seres criados. A magnitude da diferença espiritual entre a mais alta personalidade em existência do universo e o mais baixo grupo de inteligências criadas é inconcebível. Ainda que fosse possível às ordens mais baixas de inteligências serem transportadas instantaneamente até a própria presença do Pai, elas não saberiam que estariam junto Dele. Seriam tão insensíveis à presença do Pai Universal, quanto o são agora. O homem mortal tem diante de si um caminho longo, muito longo mesmo, a ser percorrido, antes de poder, de uma forma consistente e dentro dos domínios do possível, pedir o seu salvo-conduto para estar na presença do Pai Universal, no Paraíso. Espiritualmente, o homem deve ser transladado muitas vezes, antes que possa atingir um plano que lhe permita ter um descortino espiritual tal que o capacite a ver ao menos um dos Sete Espíritos Mestres.
5:1.2 (62.4) O nosso Pai não se esconde; Ele não se encontra em reclusão proposital. Ele mobilizou os recursos da sabedoria divina, em um esforço sem fim, para revelar a Si próprio aos filhos, nos Seus domínios dos universos. Uma grandeza infinita e uma generosidade inexprimível estão ligadas à majestade do Seu amor, que O leva a almejar a associação com todos os seres criados capazes de compreendê-Lo, amá-Lo, ou aproximar-se Dele; e, portanto, são as limitações inerentes a vós, e inseparáveis da vossa personalidade finita e da vossa existência material, que determinam o tempo, o lugar e as circunstâncias pelas quais podeis realizar a meta da jornada da ascensão mortal, para chegar à presença do Pai no centro de todas as coisas.
5:1.3 (63.1) Embora a ida até a presença do Pai no Paraíso deva aguardar até que tenhais alcançado os níveis finitos mais elevados de progressão do espírito, vós deveríeis rejubilar-vos com o reconhecimento da possibilidade, sempre presente, de comunhão imediata com o espírito outorgado do Pai, que está associado tão intimamente à vossa alma interior e ao vosso eu em constante espiritualização. [O Espírito seria o Ajustador].
5:1.4 (63.2) Os mortais dos reinos do tempo e do espaço podem diferir muito pelas capacidades inatas e dons intelectuais, podem desfrutar de ambientes excepcionalmente favoráveis ao avanço social e ao progresso moral, ou podem padecer da falta de qualquer ajuda humana à cultura e aos supostos avanços, nas artes da civilização; no entanto, as possibilidades de progresso espiritual, na carreira ascensional, são iguais para todos. Graus crescentes de discernimento espiritual, e dos significados cósmicos, são conquistados de um modo inteiramente independente de todas as diferenças sócio-morais entre os ambientes materiais diversificados dos mundos evolucionários.
5:1.5 (63.3) Conquanto os mortais de Urântia possam diferir, pelos seus dons e oportunidades intelectuais, sociais, econômicas e até mesmo morais, não vos esqueçais de que a dotação espiritual deles é uniforme e única. Todos desfrutam da mesma presença divina da dádiva do Pai; e todos são igualmente privilegiados em poder buscar a comunhão pessoal íntima com esse espírito residente de origem divina; e, da mesma forma, todos eles podem igualmente optar por aceitar a liderança espiritual uniforme desses Monitores Misteriosos.
5:1.6 (63.4) Se o homem mortal é motivado espiritualmente, de todo o seu coração, consagrando-se sem reservas a fazer a vontade do Pai, então, posto que ele é, de um modo tão seguro e tão efetivo, dotado espiritualmente com o Ajustador divino residente, não podem deixar de materializar-se, na experiência desse indivíduo, a sublime consciência de conhecer a Deus e a superna certeza da sobrevivência, com o propósito de encontrar Deus por meio da experiência progressiva de se tornar mais e mais como Ele.
5:1.7 (63.5) O homem é espiritualmente residido por um Ajustador do Pensamento, de sobrevivência eterna. Se tal mente humana for sincera e espiritualmente motivada, se tal alma humana deseja conhecer a Deus e tornar-se semelhante a Ele, se quiser honestamente fazer a vontade do Pai, não existe influência negativa alguma, de privação mortal, nem poder ativo positivo que possa impedir que essa alma, divinamente motivada, ascenda com segurança aos portais do Paraíso.
5:1.8 (63.6) O Pai deseja que todas as Suas criaturas estejam em comunhão pessoal com Ele. Ele tem, no Paraíso, um lugar para receber todos aqueles cujo status de sobrevivência e cuja natureza espiritual tornem possível tal realização. Portanto, estabelecei na vossa filosofia, agora e para sempre, que, para cada um de vós e para todos nós, Deus é acessível; o Pai é alcançável, o caminho está aberto; as forças do amor divino, os modos e os meios da administração divina estão todos interligados no esforço de facilitar o avanço de cada inteligência merecedora, de todos os universos, até a presença do Pai Universal no Paraíso.
5:1.9 (63.7) O fato de que se leva muito tempo para chegar a Deus não faz com que a presença e a personalidade do Infinito sejam menos reais. A vossa ascensão é uma parte do circuito dos sete superuniversos e, embora, por inúmeras vezes, gireis ao redor dele, vós podereis esperar, em espírito e em status, estar sempre girando para dentro. Vós podeis confiar que sereis transladados de esfera em esfera, dos circuitos exteriores cada vez mais para o centro interior, e não duvideis, algum dia vós estareis diante da presença divina e central e O vereis, figurativamente falando, face a face. É uma questão de atingir níveis espirituais reais e verdadeiros; e esses níveis espirituais são alcançáveis por qualquer ser que tenha sido residido por um Monitor Misterioso e que se tenha, subsequentemente, fusionado eternamente com esse Ajustador do Pensamento.
5:1.10 (64.1) O Pai não se oculta espiritualmente, mas tantas das Suas criaturas têm escondido a si próprias, nas brumas das suas próprias decisões obstinadas, que num dado momento se encontram separadas da comunhão com o Seu espírito e com o espírito do Seu Filho, por uma escolha dos seus próprios caminhos desviados e pela indulgência na auto-afirmação das suas mentes intolerantes e das suas naturezas não-espirituais.
5:1.11 (64.2) O homem mortal pode acercar-se de Deus e, repetidamente, pode abandonar a vontade divina, desde que conserve o seu poder de escolha. O destino final do homem não está selado, enquanto ele não houver perdido o poder de escolher a vontade do Pai. Nunca há um fechamento do coração do Pai à necessidade e ao pedido dos Seus filhos. São os filhos que fecham os seus corações para sempre ao poder de atração do Pai, até, finalmente e para sempre, perderem o desejo de fazer a Sua divina vontade — de conhecê-Lo e de ser como Ele. Do mesmo modo, o destino eterno do homem fica assegurado quando a fusão com o Ajustador proclama ao universo que tal ser ascendente efetuou a escolha final e irrevogável de viver a vontade do Pai.
5:1.12 (64.3) O grande Deus faz contato direto com o homem mortal e cede uma parte do Seu ser infinito, eterno e incompreensível, para que viva e resida nele. Deus embarcou, junto com o homem, na aventura eterna. Se vós vos renderdes aos guiamentos das forças espirituais, dentro e em torno de vós, não podereis falhar em alcançar o destino elevado, que foi estabelecido pelo Deus pleno de amor, como meta universal para as Suas criaturas ascendentes, dos mundos evolucionários do espaço.
2. A Presença de Deus
5:2.4 (64.7) É por causa desse fragmento de Deus, que reside em vós, que podeis ter a esperança, à medida que progredis na vossa harmonização com os guiamentos espirituais desse Ajustador, de discernir mais completamente a presença e o poder transformador das outras influências espirituais que vos cercam e que se impingem sobre vós, mas que não atuam como uma parte integrante de vós. O fato de que não estejais conscientes intelectualmente do contato estreito e íntimo com o Ajustador residente, não contradiz, no que quer que seja, essa experiência tão elevada. A prova da fraternidade com o Ajustador divino consiste integralmente na natureza e extensão dos frutos do espírito os quais são colhidos na experiência vital do indivíduo que crê. “Pelos seus frutos, vós os conhecereis.”
5:2.5 (65.1) É extremamente difícil, para a mente material ainda insuficientemente espiritualizada como a do homem mortal, experienciar uma consciência marcante das atividades espirituais das entidades divinas, como os Ajustadores do Paraíso. À medida que a existência da alma, fruto da criação conjunta da mente e do Ajustador, vai tornando-se cada vez mais firme, surge também uma nova fase da consciência, que a alma tem, de ser capaz de experienciar a presença e de reconhecer os guiamentos e outras atividades supramateriais dos Monitores Misteriosos.
3. A Verdadeira Adoração
5:3.1 (65.3) Embora as Deidades do Paraíso sejam como uma, do ponto de vista do universo, nas suas relações espirituais com os seres como os que habitam Urântia, elas são também três pessoas distintas e separadas. Há uma diferença entre as Pessoas de Deus, na questão dos apelos pessoais de comunhão e de outras relações íntimas. No sentido mais elevado, adoramos o Pai Universal e apenas Ele. É verdade que podemos adorar e adoramos o Pai, tal como Ele está manifestado nos seus Filhos Criadores, mas é o Pai, direta ou indiretamente, quem é cultuado e adorado.
5:3.2 (65.4) As súplicas de todas espécies pertencem ao reino do Filho Eterno e à organização espiritual do Filho. As preces e todas as comunicações formais, tudo, exceto a adoração e o culto ao Pai Universal, são questões que concernem a um universo local; comumente, não saem fora do domínio da jurisdição de um Filho Criador.
Separei o parágrafo 2 acima, para poder explicar aos leigos o trecho acima, que não leram meu post SER OU NÃO SER, EIS A QUESTÃO, e que não conhecem o LIVRO DE URÂNTIA por outras vias.
OS FILHOS CRIADORES são, em palavras simples, os CRIADORES DOS DIFERENTES UNIVERSOS e cada um é responsável pelo SEU – também são chamados de Cristos-Michaéis – ou algo similar. Para poderem se tornar REGENTES SOBERANOS de SEUS UNIVERSOS, eles precisam se outorgar por sete (7) vezes em diferentes Planetas de seu Universo para atingir a Maestria em COMPAIXÃO, BONDADE, JUSTIÇA, etc. No nosso UNIVERSO, nosso CRIADOR é um FILHO MICHAEL, que por ter tido sua sétima outorga no Planeta Terra, via JESUS, ficou conhecido como JESUS O CRISTO – nosso PASTOR – literalmente – nosso CRIADOR! O detalhe mais impactante do caso de nosso Pastor ou Criador, é que na Terra, ele decidiu NÃO ter consciência de quem era no início – isso tornou sua outorga objeto de interesse e espanto para outros Criadores ou Pastores de seus Universos – foi um caso único, no qual ele pôs toda sua “carreira de REGENTE SOBERANO” em risco. (Postei um trecho a respeito no post já mencionado SER OU NÃO SER).
Mas a adoração, sem dúvida, entra em circuito e é despachada para a pessoa do Criador, pela função do circuito da personalidade do Pai. Nós cremos, ainda, que esse registro da homenagem de uma criatura residida por um Ajustador, seja facilitado pela presença do espírito do Pai. Existe uma quantidade enorme de evidências que consubstanciam tal crença e eu sei que todas as ordens de fragmentos do Pai têm o poder para registrar, de um modo aceitável, a adoração feita de boa-fé, das personalidades resididas, levando-a à presença do Pai Universal. Os Ajustadores, sem dúvida, também utilizam canais pré-pessoais, diretos, de comunicação com Deus, e da mesma forma estão capacitados para utilizar os circuitos da gravitação espiritual do Filho Eterno.
O texto acima diz, em palavras simples, que muitos SERES tem a capacidade de LEVAR NOSSAS PRECES ao PAI, inclusive, claro nosso PASTOR-CRIADOR…
5:3.3 (65.5) A adoração existe para a sua própria causa; a prece incorpora um elemento de interesse próprio ou da criatura; e essa é a grande diferença entre a adoração e a prece. Não existe absolutamente nenhuma demanda, ou outro elemento de interesse pessoal, na verdadeira adoração; nós simplesmente adoramos a Deus, pelo que compreendemos que Ele seja. A adoração nada pede e nada espera, para o adorador. Nós não adoramos o Pai por causa de alguma coisa que possamos extrair de tal veneração; prestamos tal devoção e nos dedicamos à adoração como uma reação natural e espontânea ao reconhecimento da personalidade incomparável do Pai; e por causa da Sua natureza plena de amor e dos Seus atributos adoráveis.
5:3.4 (65.6) No momento em que o elemento do interesse próprio é introduzido na adoração, nesse instante, a devoção passa da adoração para a prece e, mais apropriadamente, deveria ser dirigida à pessoa do Filho Eterno ou do Filho Criador. Mas, na experiência religiosa prática, não existe nenhuma razão para que a prece não deva ser endereçada a Deus, o Pai, como parte da verdadeira adoração.
Ou seja: embora a função do CRIADOR, entre outros, seja de acolher AS PRECES e levá-las ao PAI, nada impede que a nossa prece possa ser dirigida diretamente ao Pai. O acima não deixa de ser uma explicação que almas mais jovens e inexperientes tendem a precisar de um MEDIADOR entre o Pai e Elas – mas almas maduras podem (e nem conseguem fazer de outro jeito), endereçar suas preces diretamente ao PAI via Seu Fragmento Divino em nós, denominado pelo Livro de Ajustador de Pensamento, Monitor Misterioso, entre outros (mais detalhes no post SER OU NÃO SER), que não vou repetir aqui.
5:3.5 (66.1) Quando vós lidais com os afazeres práticos do cotidiano, estais nas mãos de personalidades espirituais originárias da Terceira Fonte e Centro; estais cooperando com as agências do Agente Conjunto. E assim é: vós adorais a Deus; fazeis as vossas preces para o Filho e comungais com ele; e trabalhais os detalhes da vossa estada terrena em conexão com as inteligências do Espírito Infinito, as quais operam no vosso mundo e em todo o vosso universo.
Acima mais detalhes ainda – cabendo a cada classe de SERES distintos aspectos da VIDA HUMANA – mas, não acho que seja vital saber disso – se a pessoa tem mais fé no CRIADOR-MICHAEL-NOSSO PASTOR UNIVERSAL, basta dirigir tudo a ele e ele encaminha – o mesmo aos que tem uma conexão íntima com o AJUSTADOR, seja por qual nome for.
5:3.6 (66.2) Os Filhos Criadores ou Soberanos que presidem aos destinos dos universos locais estão no lugar tanto do Pai Universal, quanto do Filho Eterno do Paraíso. Esses Filhos do Universo recebem, em nome do Pai, o culto da adoração e dão ouvidos às preces dos seus súditos peticionários, de todas as suas respectivas criações. Para os filhos de um universo local, um Filho Michael é Deus, para todos os fins e propósitos práticos. Ele é a personificação, no universo local, do Pai Universal e do Filho Eterno. O Espírito Infinito mantém um contato pessoal com os filhos desses reinos, por meio dos Espíritos Maternos do Universo, que são as coligadas criativas e administrativas dos Filhos Criadores do Paraíso. [Jesus disse: Se vocês vêem o Filho, vocês vêem o Pai – mas na época ninguém podia entender a extensão de tais palavras].
Claro que esqueci muito dos meus estudos de 2010, e teria que retomar o estudo para poder explicar em palavras simples os Espíritos Maternos do Universo, que cuidariam da Vida Prática – isso me lembra que Maria = Matéria = Espírito Santo – que seria o caminho para PEDIR coisas práticas! Mudam os nomes, mas não os Atributos em essência, e mesmo que religiões e grupos espirituais desvirtuem o uso e inclusive pratiquem o abuso quanto a Pedidos e outros, ainda assim, subsiste um substrato real no fato que o símbolo da MÃE, seja como for, sempre tem a ver com a VIDA MATER – MATERIAL… e que é natural um Filho pedir ajuda à Mãe, que ao Pai – que cuida de outros assuntos. Assim também na vida espiritual… A vida material não deixa de ser um pálido reflexo da vida espiritual, melhor, de seu organograma! Em muitos casos, no entanto, é um reflexo totalmente desvirtuado… devido A QUEDA ocorrida na Terra, que O Livro explica em detalhes assombrosos e complexos.
5:3.7 (66.3) A adoração sincera denota a mobilização de todos os poderes da personalidade humana, sob o domínio da alma em evolução e sujeita à orientação divina do Ajustador do Pensamento solidário. A mente, por suas limitações materiais, nunca pode vir a ser altamente cônscia do significado real da verdadeira adoração. A compreensão que o homem tem, da realidade da experiência da adoração, é determinada principalmente pelo estado de desenvolvimento da sua alma imortal em evolução. O crescimento espiritual da alma acontece de um modo inteiramente independente da autoconsciência intelectual.
5:3.8 (66.4) A experiência da adoração consiste no esforço sublime, do Ajustador solidário, de comunicar ao Pai divino os anseios inexprimíveis e as inefáveis aspirações da alma humana — criação conjunta que é, da mente mortal, a qual busca a Deus, e do Ajustador imortal, que revela Deus. A adoração é, portanto, um ato de consentimento da mente material à intenção do seu ser espiritualizante, sob o guiamento do espírito solidário, de comunicar-se com Deus, como um filho de fé, do Pai Universal. A mente mortal consente em adorar; a alma imortal anseia pela adoração e inicia esse ato; a presença do Ajustador divino conduz essa adoração, em nome da mente mortal e da alma imortal em evolução. A verdadeira adoração, em última análise, converte-se em uma experiência realizada em quatro níveis cósmicos: intelectual, moroncial [moroncial = sinônimo de alma], espiritual e pessoal — a consciência da mente, da alma, do espírito, e a unificação de todas elas, na personalidade.
5. Deus nas religiões
5:4.5 (67.3) Todas as religiões ensinam a adoração da Deidade e alguma doutrina de salvação humana. A religião budista promete salvar do sofrimento e estabelecer uma paz infindável; a religião judaica promete a salvação das dificuldades e a prosperidade baseada na retidão; a religião grega prometia a salvação da desarmonia, da fealdade, pela realização da beleza; o cristianismo promete uma salvação do pecado e a santidade; o maometismo promete a libertação dos padrões morais rigorosos do judaísmo e do cristianismo. A religião de Jesus é a salvação do eu, a libertação dos males do isolamento da criatura, no tempo e na eternidade.
5:4.6 (67.4) Os hebreus baseavam a sua religião na bondade; os gregos, na beleza; e ambas as religiões buscavam a verdade. Jesus revelou um Deus de Amor; e o amor abrange tudo, a verdade, a beleza e a bondade.
5:4.7 (67.5) Os zoroastristas tinham uma religião de moral; os hindus, uma religião de metafísica; os confucionistas, uma religião de ética. Jesus viveu uma religião de serviço. Todas essas religiões têm valor, pelo que apresentam de aproximações válidas à religião de Jesus. A religião está destinada a converter-se numa realidade de unificação espiritual, de tudo o que é bom, belo e verdadeiro na experiência humana.
Importante considerar que todos os povos possuem suas religiões que implicam em obedecer a alguma autoridade, ter um mediador, entre outros – e todas elas tem uma via que implica em ativar e contatar diretamente o Fragmento Divino, que O Livro denomina Ajustador de Pensamento ou Monitor Misterioso, e cada povo tem um nome para tal. E embora mesmo nesta via as pessoas confundem o culto a um mestre vivo ou não (como no Oriente), com sua via interior, FATO é que a via interior direta difere totalmente da via exterior e indireta via religiões. E se alguém leu o post SER OU NÃO SER, lá recortei partes onde se enfatiza a busca direta pelo Pai, não via alguém, nem mesmo pelo nosso PASTOR CÓSMICO – CRISTO, que se revelou na Terra via Jesus – e Jesus enfatizou para “orarmos em secreto ao Pai” – diretamente! Mas não descartou que muitos teriam que usá-lo como Intermediário também, até a Alma estar madura para tal contato mais direto!
5:4.8 (67.6) A religião grega tinha uma máxima: “Conhece-te a ti mesmo”; os hebreus centraram os seus ensinamentos em “Conhece a teu Deus”; os cristãos pregam um evangelho que tem como meta “o conhecimento do Senhor Jesus Cristo”; Jesus proclamou as boas-novas que são: “Conhece a Deus e conhece a ti próprio, como um filho de Deus”. Esses diferentes conceitos do propósito da religião determinam a atitude do indivíduo, nas várias situações da vida, e prefiguram a profundidade da adoração e a natureza dos seus hábitos pessoais de prece. O status espiritual de qualquer religião pode ser determinado pela natureza das suas preces.
5:4.9 (67.7) O conceito de um Deus semi-humano e ciumento é uma transição inevitável entre o politeísmo e um monoteísmo sublime. Um antropomorfismo elevado é o nível mais alto alcançado pela religião puramente evolucionária. A cristandade elevou o conceito de antropomorfismo, partindo de um ideal do humano, até o conceito transcendente e divino da pessoa do Cristo glorificado. E esse é o mais elevado antropomorfismo que o homem pode conceber.
5:4.10 (67.8) O conceito cristão de Deus é uma tentativa de combinar três ensinamentos separados:
5:4.11 (67.9) 1. O conceito hebreu — Deus, como um reivindicador de valores morais, um Deus de retidão.
5:4.12 (67.10) 2. O conceito grego — Deus como um unificador, um Deus de sabedoria.
5:4.13 (68.1) 3. O conceito de Jesus — Deus como um amigo vivo, um Pai amoroso, a divina presença.
5:4.14 (68.2) Portanto, deve ficar evidente que a teologia cristã, de composição híbrida, encontra grande dificuldade em ter coerência. Essa dificuldade agrava-se ainda mais pelo fato de que as doutrinas do cristianismo primitivo foram, geralmente, baseadas na experiência religiosa pessoal de três pessoas diferentes: Filo de Alexandria, Jesus de Nazaré e Paulo de Tarso.
5:4.15 (68.3) No estudo da vida religiosa de Jesus, olhai-o positivamente. Pensai, não tanto na sua falta de pecado, mas na sua retidão, no seu serviço de amor. Jesus elevou o amor passivo, como é compreendido no conceito hebreu, do Pai celeste, à afeição amorosa pela criatura, mais altamente ativa, de um Deus que é o Pai de cada indivíduo, até mesmo dos que persistem no erro.
5. A consciência que se tem de Deus
5:5.6 (69.1) A experiência do ato religioso, sendo essencialmente espiritual, não pode nunca ser entendida completamente pela mente material; daí a função da teologia, a psicologia da religião. A doutrina essencial da compreensão humana, de Deus, cria um paradoxo no entendimento finito. É quase impossível, para a lógica humana e a razão finita, harmonizar o conceito da imanência divina, um Deus no interior e como uma parte de cada indivíduo, com a ideia da transcendência de Deus, a dominação divina do universo dos universos. Esses dois conceitos essenciais de Deidade devem ser unificados, no entendimento-fé do conceito da transcendência de um Deus pessoal e na compreensão da presença residente do fragmento desse Deus, para justificar a adoração inteligente e para validar a esperança de sobrevivência da personalidade. As dificuldades e os paradoxos da religião são inerentes ao fato de as realidades da religião estarem extremamente além da capacidade da compreensão intelectual dos mortais.
5:5.11 (69.6) A consciência de Deus, da forma como é experienciada nos reinos por um mortal em evolução, deve consistir em três fatores variáveis, em três níveis diferenciados de compreensão da realidade. Primeiro há a consciência da mente — a realização-compreensão da ideia de Deus. Então se segue a consciência da alma — a compreensão do ideal de Deus. Por último, nasce a consciência do espírito — a compreensão da realidade espiritual de Deus. Por meio da unificação desses fatores na compreensão de Deus, não importando quão incompletos sejam, a personalidade mortal, todo o tempo, expande-se em todos os níveis de consciência, com uma compreensão da personalidade de Deus. Para aqueles mortais que alcançaram o Corpo de Finalidade, tudo isso, com o tempo, irá levar à compreensão da supremacia de Deus e pode, subsequentemente, causar a realização-compreensão da ultimidade de Deus, uma fase da supraconsciência absonita do Pai do Paraíso.
5:5.12 (69.7) A experiência da consciência de Deus permanece a mesma, de geração em geração, mas em cada época de avanço do conhecimento humano, o conceito filosófico e as definições teológicas de Deus devem mudar. A experiência do conhecimento de Deus, a consciência religiosa, é uma realidade universal, mas não importa quão válida (real) seja a experiência religiosa, ela deve estar disposta a submeter-se à crítica inteligente e a uma interpretação filosófica razoável; não deve buscar ser algo à parte, na totalidade da experiência humana.
6. O Deus da Personalidade
5:6.1 (70.2) O Pai Universal é o Deus das personalidades. O domínio da personalidade no universo, desde a da criatura mortal e material mais baixa, em status de personalidade, até a dos seres mais elevados, com dignidade de criador e com status divino, tem o seu centro e a sua circunferência no Pai Universal. Deus, o Pai, é o outorgador e o conservador de todas as personalidades. E o Pai do Paraíso é, do mesmo modo, o destino de todas as personalidades finitas que, em plenitude de coração, escolhem fazer a vontade divina; aquelas personalidades que amam a Deus e que almejam ser como Ele.
5:6.2 (70.3) A personalidade é um dos mistérios não-resolvidos dos universos. Somos capazes de formular conceitos adequados acerca dos fatores que entram na composição de várias ordens e níveis de personalidade, mas não compreendemos totalmente a natureza real da personalidade em si mesma. Percebemos claramente os inúmeros fatores que, colocados juntos, constituem o veículo para a personalidade humana, mas não compreendemos inteiramente a natureza e o significado da personalidade finita.
5:6.3 (70.4) A personalidade é potencial, em todas as criaturas que possuem o dom da mente, variando desde um mínimo de autoconsciência até o máximo de consciência de Deus. Mas o dom da mente por si só não é personalidade, nem o é o espírito ou a energia física. A personalidade é aquela qualidade ou valor, dentro da realidade cósmica, que é exclusivamente outorgada por Deus, o Pai, aos sistemas vivos de energias congregadas e coordenadas, de matéria, mente e espírito. E a personalidade não é, também, uma conquista progressiva. A personalidade pode ser material ou espiritual, mas, ou há personalidade ou não há personalidade. O que não é pessoal nunca atinge o nível do pessoal, exceto por um ato direto do Pai do Paraíso.
5:6.12 (71.7) No que diz respeito às personalidades que não são resididas pelo Ajustador: o atributo da escolha-liberdade é também outorgado pelo Pai Universal, e, da mesma forma, tais pessoas estão abrangidas pelo grande circuito do amor divino, o circuito da personalidade do Pai Universal. Deus dá a escolha soberana a todas as personalidades verdadeiras. Nenhuma criatura pessoal pode ser forçada à aventura eterna; o portal da eternidade abre-se apenas em resposta à escolha, feita em livre-arbítrio, pelos filhos, com livre-arbítrio do Deus do arbítrio livre.
Tive curiosidade de checar (pois não lembrava), se o Livro chegou a citar o termo ATMAN, que, a meu haver, seria o equivalente ao AJUSTADOR DE PENSAMENTO e achei a passagem abaixo, usando a Ferramenta da LUPA, no documento em PDF (mas para copiar uso O LIVRO ONLINE):
Documento 111
O Ajustador e a Alma
111:0.1 (1215.1) A PRESENÇA do Ajustador divino na mente humana torna para sempre impossível, tanto para a ciência quanto para a filosofia, atingir uma compreensão satisfatória da alma em evolução da personalidade humana. A alma moroncial é uma criança do universo e apenas pode ser realmente conhecida por meio do discernimento cósmico e da descoberta espiritual.
111:0.2 (1215.2) O conceito da alma e de um espírito residente não é novo em Urântia; tem surgido freqüentemente nos vários sistemas de crenças planetárias. Muitas das fés orientais, bem como algumas entre as ocidentais, perceberam que o homem é divino na sua linhagem, bem como humano pela hereditariedade. O sentimento da presença interior, acrescentado à onipresença externa da Deidade, há muito constitui uma parte de muitas das religiões urantianas. Os homens têm acreditado, há muito tempo, que existe algo crescendo dentro da natureza humana, algo vital, que está destinado a perdurar além do curto período da vida temporal.
111:0.3 (1215.3) Antes que o homem houvesse compreendido que a sua alma em evolução tinha a paternidade de um espírito divino, julgou-se que ela residia em diferentes órgãos físicos — nos olhos, fígado, rins, coração e, posteriormente, no cérebro. Os selvagens associavam a alma ao sangue, à respiração, às sombras e aos reflexos do seu eu na água.
111:0.4 (1215.4) Na concepção do atman, os mestres hindus realmente se aproximaram de uma avaliação da natureza e da presença do Ajustador, mas falharam, por não distinguirem a co-presença da alma em evolução, potencialmente imortal. Os chineses, contudo, reconheceram dois aspectos num ser humano, o yang e o yin, a alma e o espírito. Os egípcios e muitas tribos africanas também acreditavam em dois fatores, o ka e o ba; e não acreditavam geralmente que a alma fosse preexistente, apenas o espírito.
De fato, eu estranhei por quase nunca encontrei citação da Alma em textos da SABEDORIA PERENE ou ETERNA parte da tradição não religiosa dos hindus, normalmente denominada de ADVAITA VEDANTA. Seria o equivalente ao SUFISMO do Islamismo, e do cristianismo esotérico (ou gnóstico) do CRISTIANISMO CLÁSSICO, etc. Mas, lendo os Livros sobre Ramana Maharshi, eu me deparei com o termo JIVA, que simbolizaria sim a ALMA – e embora ela não seja evidenciada como em outros ensinamentos, mas subentende-se que a ALMA se eleva junto com a UNIÃO com o ATMAN – o Fragmento Divino nos Humanos, equivalente ao AJUSTADOR DE PENSAMENTO.
E ao digitar no Google achei a seguinte citação:
A alma individual ou pessoal (jivatman, ao passo que paramatman significa Alma Suprema).
Ainda citações do Documento 111:
111:1.4 (1216.5) A evolução material proveu-vos com uma máquina de vida, o vosso corpo; o Pai, Ele próprio, dotou-vos com uma realidade espiritual, a mais pura conhecida no universo: o vosso Ajustador do Pensamento. No entanto, nas vossas mãos, foi-vos dada uma mente, sujeita às vossas próprias decisões, e é por meio dessa mente que vós viveis ou morreis. É dentro dessa mente e com essa mente que vós tomais as decisões morais que vos capacitam a alcançar a semelhança com o Ajustador, que é a semelhança com Deus.
111:1.5 (1216.6) A mente mortal é um sistema de intelecto temporário, cedido por empréstimo aos seres humanos, para uso durante o período da vida material; e, da forma pela qual usam essa mente, estão aceitando ou rejeitando o potencial de existência eterna. A mente é praticamente tudo o que vós tendes da realidade do universo, que é submissível à vossa vontade; e a alma — o eu moroncial — irá retratar fielmente a colheita das decisões temporais que o eu mortal está fazendo. A consciência humana repousa gentilmente sobre o mecanismo eletroquímico abaixo; e delicadamente toca o sistema de energia espiritual-moroncial acima. De nenhum desses dois sistemas, o ser humano encontra-se completamente consciente durante a sua vida mortal; portanto, ele deve trabalhar com a mente, da qual é consciente. E não é tanto o que a mente compreende, mas, sim, o que a mente deseja compreender, que assegura a sobrevivência; não é tanto o que a mente é que se constitui na identificação com o espírito, mas o que a mente está tentando ser. E não é tanto o fato de que o homem seja consciente de Deus que o leva a ascender no universo, mas o fato de que ele aspira a Deus. O que vós sois hoje não é tão importante quanto aquilo em que vos estais tornando dia a dia e na eternidade.
111:1.9 (1217.4) A mente é a vossa embarcação, o Ajustador é o vosso piloto, a vontade humana é o capitão. O mestre desse barco mortal deveria ter a sabedoria de confiar no piloto divino, para guiar a alma em ascensão até os portos moronciais da sobrevivência eterna. Somente por egoísmo, por preguiça e por pecado pode a vontade do homem rejeitar o guiamento desse piloto que age por amor e, finalmente, fazer naufragar a carreira mortal contra os arrecifes malévolos da misericórdia rejeitada e contra os rochedos submersos do pecado. Com o vosso consentimento, esse piloto fiel carregar-vos-á a salvo, por entre as barreiras do tempo e, apesar dos obstáculos do espaço, até a fonte mesma da mente divina, e mesmo adiante, até o Pai do Paraíso dos Ajustadores.
A ênfase da mente e da alma se deve ao detalhe chave que, poucas almas estão maduras para atingir a plena união com o Ajustador – o máximo possível é tornar a Alma digna de ser Imortal e garantir assim a continuidade da jornada rumo a Eternidade… por isso também, existem muitas religiões para “salvar a Alma” e poucos e combatidos grupos que buscam a ligação direta com o Espírito, com o Atman, com o Ajustador do Pensamento – pois, de fato, isso é uma etapa final no processo interior de chegar ao Pai, por meio do seu Ajustador e uma maioria acha tal meta uma presunção do ego (em alguns casos, de fato é), pois não são capazes de compreender este nível.
111:3.4 (1219.3) Ambos, a mente humana e o Ajustador divino, estão conscientes da presença e da natureza diferencial da alma em evolução: o Ajustador, inteiramente; a mente, parcialmente. A alma torna-se cada vez mais cônscia, tanto da mente quanto do Ajustador, como identidades relacionadas, proporcionalmente, ao seu próprio crescimento evolucionário. A alma compartilha das qualidades, tanto da mente humana quanto do espírito divino, mas evolui, persistentemente, na direção de um aumento do controle do espírito e do predomínio do divino, por meio da ação de fomentar uma função da mente, cujos significados tentam coordenar-se com os verdadeiros valores do espírito.
111:3.6 (1219.5) A mente conhece a quantidade, a realidade e os significados. Contudo, a qualidade — os valores — é sentida. Quem sente é a criação mútua da mente, que conhece, e do espírito solidário, que a torna real.
111:3.7 (1219.6) Na mesma medida que a alma moroncial em evolução se torna permeada pela verdade, pela beleza e pela bondade, como valores da realização e compreensão da consciência de Deus, esse ser resultante torna-se indestrutível. Se não há sobrevivência de valores eternos na alma em evolução do homem, então a existência mortal não tem sentido, e a vida, em si mesma, é uma ilusão trágica. Todavia, para sempre é verdade: aquilo que começais no tempo, com certeza, ireis terminar na eternidade — se valer a pena terminar.
5. A Consagração da Escolha
111:5.1 (1221.2) Fazer a vontade de Deus é nada mais, nada menos do que uma demonstração da vontade da criatura de compartilhar a sua vida interior com Deus — com o mesmo Deus que tornou possível, para essa criatura, uma vida de valor com significado interior. Compartilhar é da natureza de Deus — é divino. Deus compartilha tudo com o Filho Eterno e com o Espírito Infinito, enquanto Estes, por sua vez, compartilham todas as coisas com os Filhos Criadores divinos e com as Filhas, os Espíritos Maternos dos universos.
111:5.2 (1221.3) A imitação de Deus é a chave da perfeição; fazer a Sua vontade é o segredo da sobrevivência e da perfeição na sobrevivência.
111:5.3 (1221.4) Os mortais vivem em Deus e, portanto, Deus tem querido viver nos mortais. Assim como os mortais se confiam a Deus, Ele também confiou — e antes — uma parte Dele próprio, para que ficasse dentro dos homens; Ele consentiu em viver nos homens e residir nos homens, sujeitando-Se à vontade humana.
111:5.4 (1221.5) A paz nesta vida, a sobrevivência na morte, a perfeição na próxima vida, o serviço na eternidade: tudo isso é realizado (em espírito) desde agora, quando a personalidade da criatura consente — escolhe — sujeitar a sua vontade de criatura à vontade do Pai. Pois o Pai já escolheu fazer com que um fragmento de Si próprio se sujeite à vontade da personalidade da criatura.
111:5.5 (1221.6) Tal escolha da criatura não é uma rendição da sua vontade. É uma consagração da vontade, uma expansão da vontade, uma glorificação da vontade, um perfeccionamento da vontade; e tal escolha eleva a vontade da criatura do nível da significância temporal ao estado mais elevado, em que a personalidade do filho-criatura comunga com a personalidade do Pai-espírito.
111:5.6 (1221.7) Essa escolha da vontade do Pai é o achado espiritual que o homem mortal tem, para ir ao encontro do Pai espiritual, ainda que idades no tempo devam passar antes que o filho-criatura possa de fato chegar à presença factual do Pai do Paraíso. Essa escolha não consiste tanto na negação da vontade da criatura — “Não a minha vontade, mas a Vossa, seja feita” — quanto consiste na afirmação positiva da criatura: “É da minha vontade que a Vossa vontade seja feita”. E se essa escolha é feita, mais cedo ou mais tarde, o filho que optou por escolher Deus irá encontrar a união interna (a fusão) com o fragmento residente de Deus, enquanto esse mesmo filho em perfeccionamento encontrará a suprema satisfação para a personalidade, na comunhão de adoração entre a personalidade do homem e a personalidade do seu Criador; duas personalidades cujos atributos criativos juntaram-se eternamente, numa mutualidade de expressão voluntária — para o nascimento de uma outra parceria eterna da vontade do homem com a vontade de Deus.
A frase acima deve ser entendida de forma profunda: deduz-se que Deus, ao dar o livre-arbítrio ao Homem, espera o Homem querer fazer sua Vontade de forma livre e ao fazer isso, claramente, e declaradamente, Deus então Fará a Vontade do Homem! Isso é um ponto de vista incrível… fazendo jus a grande bondade e liberdade que o Pai nos dá através de seu Ajustador.
6. O Paradoxo Humano
111:6.1 (1221.8) Muitos dos problemas temporais do homem mortal advêm da sua relação dupla com o cosmo. O homem é parte da natureza — existe na natureza — e, ao mesmo tempo, é capaz de transcender à natureza. O homem é finito; todavia, no seu interior reside uma faísca da infinitude. E essa situação dual proporciona não apenas um potencial para o mal, mas também engendra muitas situações sociais e morais carregadas de grande incerteza e de uma ansiedade considerável.
111:6.2 (1222.1) A coragem requerida para efetivar a conquista da natureza e para transcender ao próprio eu é uma coragem que poderia sucumbir diante das tentações do orgulho de si próprio. O mortal que pode transcender a si próprio poderia render-se à tentação de deificar a sua própria autoconsciência. O dilema mortal consiste no fato duplo de que o homem está atrelado à natureza, enquanto, ao mesmo tempo, possui uma liberdade única — a liberdade da escolha e ação espirituais. Nos níveis materiais, o homem encontra-se em estado de subserviência à natureza, enquanto, nos níveis espirituais, ele é triunfante sobre a natureza e sobre todas as coisas temporais e finitas. Tal paradoxo é inseparável da tentação, do mal potencial e erros decisórios; e, quando o ego torna-se orgulhoso e arrogante, o pecado pode evoluir.
O Capitulo 7 do Documento 111 vou usar para Introdução ao Tema neste post e para finalizar o mesmo, porque é muito “humano” – todos poderão entender o abaixo, quando sabem que o Ajustador é equivalente ao Espírito do Pai em cada mortal. A faísca da Eternidade presente no corpo de carne.
7. O Problema do Ajustador
111:7.1 (1223.3) A essência da aventura do Paraíso é a incerteza com segurança — incerteza no tempo e na mente, incerteza quanto aos eventos do descortinar-se da ascensão até o Paraíso — ; e segurança no espírito e na eternidade, segurança na confiança incondicional de filho-criatura, na compaixão divina e no amor infinito do Pai Universal; incerteza por sermos cidadãos inexperientes do universo; segurança por sermos filhos ascendentes até as mansões do universo de um Pai Todo-Poderoso, onisciente e todo-amoroso.
111:7.2 (1223.4) Poderia eu aconselhar-vos a atender ao eco distante do apelo fiel do Ajustador à vossa alma? O Ajustador residente não pode parar, nem mesmo alterar materialmente a vossa luta, na carreira do tempo; o Ajustador não pode amenizar as durezas da vida, enquanto atravessais este mundo de trabalho extenuante. O residente divino pode apenas refrear-se, pacientemente, enquanto lutais na batalha da vida, como é vivida no vosso planeta; mas vós podeis, se quiserdes — enquanto trabalhais, lutais e suais — , permitir que o valente Ajustador lute convosco e para vós. Podeis, desse modo, ser confortados e inspirados, seduzidos e cativados, se apenas permitirdes ao Ajustador que ele constantemente vos mostre e ilustre os motivos reais, o objetivo final e o propósito eterno de toda essa difícil luta, montanha acima, contra os problemas banais do vosso mundo material atual.
111:7.3 (1223.5) Por que não ajudar o Ajustador na tarefa de mostrar-vos a contraparte espiritual de todos esses esforços materiais extenuantes? Por que não permitir ao Ajustador que vos fortaleça, com as verdades espirituais do poder cósmico, enquanto estais lutando corpo-a-corpo com as dificuldades temporais da existência de criatura? Por que não encorajar o ajudante celeste a vos alegrar, com a visão clara de um enfoque eterno da vida universal, enquanto estais meio cegos, na perplexidade dos problemas da hora presente? Por que vos recusais a ser esclarecidos e inspirados, pelo ponto de vista universal, enquanto vos debateis contra os obstáculos do tempo e vos afogais na névoa das incertezas que assediam a vossa jornada na vida mortal? Por que não permitir ao Ajustador espiritualizar o vosso modo de pensar, ainda que os vossos pés devam continuar pisando nas rotas materiais dos empreendimentos terrestres?
111:7.4 (1223.6) As raças humanas mais elevadas de Urântia foram miscigenadas de forma complexa; são uma mistura de muitos componentes raciais e de genes com origens diferentes. Essa natureza composta dificulta excessivamente a eficiência do trabalho dos Monitores, durante a vida, e aumenta definitivamente os problemas, tanto do Ajustador quanto do serafim guardião, após a morte. Não faz muito tempo, estive em Sálvington e escutei um guardião do destino apresentando uma declaração formal, como atenuação das dificuldades do ministério ao seu sujeito mortal. Esse serafim dizia:
111:7.5 (1223.7) “Muito da minha dificuldade deveu-se ao conflito interminável entre as duas naturezas do meu sujeito: a urgência da ambição, em oposição à indolência animal; os ideais de um povo superior, trespassados pelos instintos de uma raça inferior; os altos propósitos de uma grande mente, antagonizados pelo impulso de uma hereditariedade primitiva; a visão ampla de um Monitor perspicaz, contrafeita pela visão estreita de uma criatura do tempo; os planos progressivos de um ser em ascensão, modificados pelos desejos e aspirações de uma natureza material; os lampejos da inteligência universal, cancelados pelos comandos da energia química da raça em evolução; o impulso angélico, em oposição às emoções de um animal; o aperfeiçoamento de um intelecto, anulado pelas tendências do instinto; a experiência do indivíduo, em oposição às propensões acumuladas da raça; as aspirações ao que há de melhor, sendo obliteradas pela inconstância do pior; o vôo do gênio, neutralizado pelo peso da mediocridade; o progresso do bom, retardado pela inércia do mau; a arte da beleza, manchada pela presença do mal; a pujança da saúde, neutralizada pela debilidade da doença; a fonte da fé, poluída pelos venenos do medo; o manancial da alegria, amargurado pelas águas da dor; a felicidade da antecipação, desiludida pela amargura da realização; as alegrias da vida, sempre ameaçadas pelas dores da morte. Tal é a vida neste planeta! E ainda assim, por causa da ajuda e do impulso sempre presente do Ajustador do Pensamento, essa alma alcançou um nível razoável de felicidade e êxito e ainda agora ascendeu aos salões de julgamento de mansônia”.
111:7.6 (1224.1) [Apresentado por um Mensageiro Solitário de Orvônton.]
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