https://www.urantia.org/pt/o-livro-de-urantia/documento-5-relacao-de-deus-com-o-individuo
Em 2004 um amigo me entrega uma pilha solta de 400 páginas aprox. do então absolutamente desconhecido LIVRO DE URÂNTIA no Brasil. Eu estava retornando à Suíça naquele ano em abril, depois de tentarmos achar um lugar para viver aqui, após aprox. 9 meses de busca (minha irmã mais nova e eu).
Em 2009, agora já vivendo no Brasil há anos, além de já ter baixado o livro em PDF, comprei sua primeira edição em Português, na minha amada Livraria Cultura em São Paulo, no Conjunto Nacional, que eu visitava a cada dois, três meses, visto que morava na região metropolitana de São Paulo (como agora de Curitiba – exatamente a 60 km também).
Estudei o Livro em 2010 e postei passagens chaves dele no meu espaço no Scribd (uma espécie de SITE COLETIVO), onde, até hoje, tenho aprox. 120 documentos, entre textos, artigos, poesias, contos e até alguns livros meus.
Em função de um vídeo do Dr. Lair Ribeiro, que nem de longe tocou no tema Jesus ou religião, mas apenas de como encontrar sua Vocação e depois como Viabilizar tal -decidi copiar partes interessantes do Livro sobre Jesus, que postei no artigo SER OU NÃO SER – e relendo tais, eu mesma fiquei curiosa de copiar outras partes sobre o fascinante tema da VIDA DE JESUS-CRISTO – aliás, just in time, preciso inserir outro link referente a uma EQM de um gaúcho, sobre seu contato com Jesus nos 30 minutos que ficou sem vida! Leia a introdução do post para saber que não costumo postar ‘viajação na maionese’ – e que há eqms, e há EQMs…
SEGUEM TRECHOS CHAVES DO LIVRO DE URÂNTIA SOBRE
OS FILHOS CRIADORES (OU CRISTOS-MICAÉIS)
Documento 21
Os Filhos Criadores do Paraíso
21:0.1 (234.1) OS FILHOS Criadores são aqueles que geram os universos locais do tempo e do espaço; e que os governam. Esses criadores e soberanos do universo são de origem dual, incorporando as características de Deus, o Pai, e de Deus, o Filho. Cada Filho Criador, todavia, é diferente de todos os outros; cada um deles é único em natureza, bem como em personalidade; cada um é o “Filho unigênito” do ideal perfeito da deidade de sua origem.
21:0.2 (234.2) No imenso trabalho de formar, organizar, fazer evoluir e perfeccionar um universo local, esses Filhos elevados sempre desfrutam da aprovação sustentadora do Pai Universal. A relação dos Filhos Criadores com o seu Pai do Paraíso é tocante e superlativa. Dúvida alguma há de que a profunda afeição da Deidade pela sua progênie divina seja a fonte do amor, cheio de beleza e quase divino, que os pais mortais também nutrem pelos seus filhos.
21:0.3 (234.3) Esses Filhos primeiros do Paraíso são personalizados como Michaéis. Quando saem do Paraíso para fundar os seus universos, são conhecidos como Michaéis Criadores. Quando estabelecidos em autoridade suprema, eles são chamados de Michaéis Mestres. Algumas vezes, referimo-nos ao soberano do vosso universo de Nébadon como Cristo Michael. Para sempre, eternamente, reinam eles, segundo a “ordem de Michael”; sendo essa a designação do primeiro Filho da sua ordem e natureza.
Um Filho Criador se torna Mestre depois de se outorgar por sete (7) vezes em distintos planetas de seu Universo para aperfeiçoar na experiência humana as qualidades divinas da Misericórdia, Beleza, Justiça, etc. (Detalhes em outros documentos). Nosso Filho Criador decidiu nascer no Planeta Terra sob o nome de Jesus para realizar sua sétima outorga (citei detalhes no post SER OU NÃO SER).
21:2.2 (235.5) Quando um Filho Criador parte do Paraíso para embarcar na aventura de criar um universo, de tornar-se o dirigente — e, virtualmente, o Deus — do universo local da sua própria organização, então, pela primeira vez, ele encontra-se em contato íntimo com a Terceira Fonte e Centro e, sob muitos aspectos, torna-se dependente dela. O Espírito Infinito, ainda que habitando com o Pai e com o Filho, no centro de todas as coisas, está destinado a funcionar como o ajudante factual e efetivo de cada Filho Criador. Portanto, cada Filho Criador é acompanhado por uma Filha Criadora do Espírito Infinito; a qual é aquele ser que está destinado a tornar-se a Ministra Divina, o Espírito-Mãe ou o Espírito Materno do novo universo local.
Lembrem que vou copiando partes de cada Documento e seus Capítulos + “Versículos”.
3. A Soberania no Universo Local
21:3.1 (237.3) A abrangência de um universo é dada a um Filho Criador por consentimento da Trindade do Paraíso, e com a confirmação do Espírito Mestre supervisor do superuniverso considerado. Essa ação constitui como que um título de posse física, um contrato cósmico de concessão; no entanto, a elevação de um Filho Michael, do seu estágio inicial e autolimitado de governo à supremacia experiencial de soberania autoconquistada, vem como resultado das suas próprias experiências pessoais, no trabalho da criação do universo e das auto-outorgas em encarnações. Até a realização da soberania conquistada por meio das auto-outorgas, ele governa como um vice-regente do Pai Universal.
21:3.2 (237.4) Um Filho Criador poderia pleitear a sua ampla soberania sobre a sua criação pessoal a qualquer momento, mas, sabiamente, ele escolhe não o fazer. Se, antes de passar como criatura pelas auto-outorgas, ele assumisse uma soberania suprema, não conquistada, as personalidades do Paraíso que residem no seu universo local, retirar-se-iam. Todavia, isso nunca aconteceu nas criações do tempo e do espaço.
21:3.3 (237.5) O fato da autoria criadora implica a plena soberania, mas os Michaéis escolhem conquistá-la experiencialmente; e, com isso, mantêm a colaboração total de todas as personalidades do Paraíso ligadas à administração do seu universo local. Não temos conhecimento de nenhum Michael que haja procedido de outro modo; mas todos eles poderiam fazê-lo, pois são Filhos verdadeiramente dotados de livre-arbítrio.
21:4.3 (239.9) Embora essas sete auto-outorgas variem, nos diferentes setores e universos, elas abrangem sempre a aventura da auto-outorga mortal. Nesta auto-outorga, a final, um Filho Criador aparece como um membro de uma das raças mortais mais elevadas, em algum mundo habitado, geralmente como um membro daquele grupo racial que contém o maior legado hereditário da cepa Adâmica, a qual anteriormente havia sido importada para elevar o status físico dos povos de origem animal. Apenas uma vez, na sua carreira sétupla de Filho auto-outorgado, um Michael do Paraíso nasce de mulher; tal como ficou para vós feito o registro do menino de Belém. Por apenas uma vez, ele vive e morre como um membro da mais baixa ordem de criaturas volitivas evolucionárias.
21:4.5 (240.1) Segundo consta nos registros, o Filho divino que por último apareceu no vosso planeta foi um Filho Criador do Paraíso que havia já completado seis fases da sua carreira de auto-outorgas; consequentemente, quando ele se liberou da sua prisão na consciência da vida encarnada em Urântia, ele pôde dizer, e realmente disse: “Está consumado” — e estava literalmente terminado. A sua morte em Urântia completou a sua carreira de auto-outorgas; era o último passo para cumprir o juramento sagrado de um Filho Criador do Paraíso. E uma vez realizada essa experiência, tais Filhos tornam-se os soberanos supremos do universo; não mais governam como vice-regentes do Pai, mas sim pelo seu próprio direito, e em seu próprio nome, como “Rei dos Reis, e Senhor dos Senhores”. Com algumas exceções declaradas, esses Filhos de auto-outorgas sétuplas são supremos, irrestrita e inqualificavelmente, nos universos da sua morada. No que concerne ao seu universo local, “todo o poder nos céus e na Terra” foi delegado a esse Filho Mestre, triunfante e entronizado.
2. As limitações da auto-outorga
120:2.2 (1327.2) “2. Independentemente da tua missão na Terra e da revelação que farás ao universo, mas como uma consequência advinda disso, Eu aconselho-te, depois que estiveres suficientemente autoconsciente da tua identidade divina, que assumas a tarefa adicional de dar por finda, tecnicamente, a rebelião de Lúcifer, no sistema de Satânia; e que tu faças tudo isso como o Filho do Homem; e, assim, enquanto criatura mortal do reino, na fraqueza tornada poderosa pela submissão-fé à vontade do teu Pai, sugiro que graciosamente realizes tudo aquilo que, reiteradamente tu te declinaste de executar de modo arbitrário, pela via do poder e da força com as quais eras dotado à época em que essa rebelião pecaminosa e injustificada ainda estava incipiente. Eu consideraria um ápice adequado, à tua auto-outorga mortal, se retornasses a nós, como o Filho do Homem e Príncipe Planetário de Urântia, tanto quanto Filho de Deus e soberano supremo do teu universo. Como homem mortal, o tipo mais baixo de criatura inteligente de Nébadon, enfrenta e faze o julgamento das pretensões blasfemas de Caligástia e Lúcifer e, nesse assumido estado de humildade, dá um fim, para todo o sempre, às representações equivocadas e errôneas e às falsidades vergonhosas cometidas por esses filhos caídos da luz. Já que te negaste, firmemente, a desacreditar esses rebeldes, por meio do exercício das tuas prerrogativas de criador, seria próprio que tu, agora, na semelhança da mais baixa criatura da tua criação, tirasses das mãos desses Filhos caídos o domínio, de modo que todo o teu universo local reconheça, para sempre, e de forma clara, a justiça do teu ato, feito enquanto tu estiveste no papel de mortal na carne, que é o de efetuar coisas que a tua misericórdia admoestou-te que não fizesses por meio do poder de uma autoridade arbitrária. E, havendo assim estabelecido, com a tua outorga, a possibilidade da soberania do Supremo em Nébadon, tu irás, com efeito, trazer um encerramento para os assuntos, não julgados ainda, de todas as insurreições precedentes, não obstante o lapso de tempo, maior ou menor, que seja gasto na realização dessa tarefa. Em essência, com esse ato, as dissidências pendentes no teu universo serão liquidadas. E, com o subseqüente dom da soberania suprema que terás, no teu universo, os desafios semelhantes à tua autoridade não poderão nunca ser recorrentes, em qualquer parte da tua grande criação pessoal.
120:2.3 (1327.3) “3. Quando houveres obtido o êxito, que sem dúvida irás ter, em terminar com a secessão de Urântia, eu aconselho-te a aceitar que Gabriel confira a ti o título de “Príncipe Planetário de Urântia”, em reconhecimento eterno, da parte do teu universo, à tua experiência final de auto-outorga; e, que daí em diante, faças todas e quaisquer coisas consistentes com o propósito da tua outorga e que possam servir aos seres de Urântia, como compensação pelo sofrimento e confusão produzidos neste mundo, pela traição de Caligástia e a subsequente falta Adâmica.
120:2.4 (1328.1) “4. Gabriel e todos aqueles que estiverem envolvidos, de acordo com o teu pedido, cooperarão contigo na realização do teu desejo expresso de culminar a auto-outorga em Urântia com o pronunciamento de um juízo dispensacional daquele reino, acompanhado do encerramento de uma era, com a ressurreição dos mortais sobreviventes adormecidos e com o estabelecimento da dispensação do Espírito da Verdade, a ser concedido.
120:2.5 (1328.2) “5. No que concerne ao planeta da tua outorga e à geração imediata dos homens que viverão contemporaneamente à tua autodoação mortal, aconselho-te que atues predominantemente segundo o papel de mestre. Dá atenção, primeiro, à libertação e à inspiração da natureza espiritual do homem. Em seguida, ilumines o obscurecido intelecto humano; alivies as almas dos homens e emancipes as suas mentes de temores ancestrais. E então, com a tua sabedoria mortal, que atendas ao bem-estar físico e ao alívio das condições materiais dos teus irmãos na carne. Vive a vida religiosa ideal, para inspiração e edificação de todo o teu universo.
120:2.6 (1328.3) “6. No planeta da tua outorga, libera espiritualmente o homem segregado pela rebelião. Em Urântia, dá mais uma contribuição à soberania do Supremo, estendendo, assim, o estabelecimento dessa soberania até os amplos domínios da tua criação pessoal. Nesta, que será a tua outorga na matéria, à semelhança da carne, tu irás experimentar o esclarecimento final de um Criador no tempo-espaço: terás a experiência dual de trabalhar de dentro da natureza humana mas com a vontade do teu Pai do Paraíso. Na tua vida temporal, a vontade da criatura finita e a vontade do Criador Infinito estão para tornar-se uma, da mesma forma que também estão unindo-se na Deidade evolutiva do Ser Supremo. Derrama, por sobre o planeta da tua auto-outorga, o Espírito da Verdade e, assim, faze com que a todos os mortais normais daquela esfera isolada seja imediata e plenamente acessível a recepção e o ministério da presença distinguida do nosso Pai do Paraíso, o Ajustador do Pensamento dos reinos.
120:2.7 (1328.4) “7. Em tudo que puderes realizar no mundo da tua outorga, tem constantemente em mente que estarás vivendo uma vida para a instrução e edificação de todo o teu universo. Que estarás autodoando-te nessa vida de encarnação mortal, em Urântia, mas que essa vida tu irás viver para a inspiração espiritual de todas as inteligências humanas e supra-humanas que já viveram, que existem agora ou que ainda possam viver, em todos os mundos habitados, já formados, que ora se formam ou que ainda possam vir a se formar, como parte da vasta galáxia do teu domínio administrativo. A tua vida na Terra à semelhança da carne mortal não será, dessa forma, vivida para se constituir apenas em um exemplo para os mortais de Urântia, nos dias da tua permanência na Terra, nem apenas para qualquer geração subsequente de seres humanos em Urântia ou em qualquer outro mundo. A tua vida na carne, em Urântia, será, mais que tudo, a inspiração para todas as vidas, sobre todos os mundos de Nébadon, para todas as gerações nas eras que estão para vir.
120:2.8 (1328.5) “8. Essa tua grande missão, a ser realizada e experienciada na encarnação mortal, está abrangida pela tua decisão de viver uma vida dedicada do fundo do coração a fazer a vontade do teu Pai do Paraíso; e, assim, dedicada a revelar a Deus, o teu Pai, na carne, e especialmente às criaturas da carne. Ao mesmo tempo, irás também interpretar, com uma nova força de engrandecimento, o nosso Pai, para os seres supramortais de todo o Nébadon. Da mesma forma, com esse ministério de nova revelação e interpretação ampliada do Pai do Paraíso, para os tipos de mente humana e supra-humana, tu funcionarás de modo a fazer, também, uma nova revelação do homem para Deus. Demonstra, na tua curta vida na carne, de forma nunca antes vista em todo o Nébadon, as possibilidades transcendentes daquilo que pode ser alcançado por um ser humano conhecedor de Deus, durante a curta carreira na existência mortal; e faze uma interpretação iluminadora e nova do homem e das vicissitudes da vida planetária dele, para todas as inteligências supra-humanas de todo o Nébadon, para todo o sempre. Tu estás à beira de descer até Urântia, à semelhança da carne mortal, e de viver como um homem do teu tempo e geração e, assim, irás atuar de modo a mostrar ao teu universo inteiro o ideal da técnica perfeccionada, do engajamento supremo, no cuidado dos assuntos da tua vasta criação: o êxito que tem Deus, na Sua busca do homem, encontrando-o e o fenômeno do homem procurando Deus e encontrando-O; e tu farás tudo isso, para satisfação mútua, e o farás em um curto período de vida na carne.
120:2.9 (1329.1) “9. Recomendo que tenhas sempre em mente, ainda que de fato estejas para tornar-te um humano comum do reino, que permanecerás sendo um Filho Criador do Pai do Paraíso, em potencial. Durante essa encarnação, ainda que estejas vivendo e agindo como um Filho do Homem, os atributos criadores da tua divindade pessoal acompanhar-te-ão, desde Sálvington até Urântia. Sob a decisão da tua vontade estará sempre o poder de dar por finda a encarnação, a qualquer momento, após a chegada do teu Ajustador do Pensamento. Antes da chegada e da recepção do Ajustador, garantir-te-ei eu a tua integridade de personalidade. Contudo, após a chegada do teu Ajustador e concomitantemente com o teu progressivo reconhecimento da natureza e importância da tua missão de outorga, deverás abster-te da formulação de qualquer vontade, realização ou poder supra-humano, tendo em vista o fato de que as tuas prerrogativas de criador permanecerão associadas à tua personalidade mortal, dada a inseparabilidade entre esses atributos e a tua presença pessoal. Nenhuma repercussão supra-humana acompanhará, pois, a tua carreira na Terra, fora da vontade do Pai do Paraíso, a menos que, por um ato de vontade consciente e deliberada, tu tomes a decisão cabal que culmine em uma opção pela tua personalidade total”.
Pelo acima ficou claro que o fato de termos recebido a Graça da encarnação por assim dizer do nosso CRIADOR UNIVERSAL, não contradiz o fato que temos em nós um ESPÍRITO DIVINO DO PAI, denominado de AJUSTADOR DO PENSAMENTO em sua fase inicial de existência num ser humano, o qual nos permite comungar diretamente com DEUS-PAI, tal como nosso Cristo Michael, por meio de sua vida como Jesus, ensinou em algumas passagens, que nunca merecem muito a atenção dos cristãos clássicos.
No entanto, o tema de CRISTO-MICHAEL é fascinante, e lembro que há passagens reveladoras em muitos aspectos – se ainda encontrar algo relevante para esta postagem, vou inserir.
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