A PERGUNTA QUE FAZ A MENTE RETORNAR À FONTE!

 
A PERGUNTA QUE FAZ A MENTE RETORNAR A SUA FONTE!

Considerando que todo o entrave da busca espiritual está na mente que se identifica com o corpo, o nome, a família, a sociedade, a raça…, formando o tal do ego, que se sente separado, fica fácil de compreender que se a mente tem a chance de retornar à Fonte, ela se identifica com o SER, e assim, dissolve o senso de individualidade separada da Fonte. 

E considerando que o mundo exige que nos foquemos nele o tempo todo, seja por razões pessoais, profissionais, etc., seria lógico formularmos tal pergunta ao máximo, afrouxando assim os laços da mente com o mundo e fortalecendo os laços com o SER. 

Em um vídeo (legendado em português – que segue mais abaixo),  Rupert explicou como a pergunta ESTOU CIENTE? é muito poderosa para ativar o SER, por assim dizer.


Dizendo que é mais poderosa do que se perguntar QUEM SOU EU? visto que a pergunta sugerida por RAMANA MAHARSHI gerou muitos mal-entendidos e práticas errôneas – e explica que a pergunta ESTOU CIENTE? é uma forma atualizada da formulada por Ramana – tornando-a mais fresca, sem ranços.

Veja no link abaixo como a pergunta QUEM SOU EU? tem sido usada de forma errônea:

Clique para acessar o auto-inquiricao-capitulo-7-do-livro-the-path-of-sri-ramana-trad.pdf

No vídeo abaixo, somente em inglês,  o tema surge porque alguém pergunta como fazer para logo cedo não cair na tentação de já se identificar com o mundo, planos, agenda, etc. E Rupert sugere fazer a pergunta acima SEMPRE que surgir uma vaga, uma oportunidade, em que não é preciso usar a mente para resolver algo ou fazer algo. Em qualquer momento e lugar… 


TÍTULO DO VÍDEO COMENTADO ACIMA:

Permitindo que a mente mergulhe no coração

Allowing the Mind to Sink into the Heart

ALLOWING THE MIND TO SINK INTO THE HEART

FRASE CHAVE DO VÍDEO:

O lugar natural de descanso da mente não é em um objeto,
mas em sua fonte, no coração.

The mind’s natural place to rest is not on an object,
but in its source, in the heart.


E Rupert continua dizendo algo assim:

– A mente vai precisar sair de seu lugar de descanso, para resolver coisas, mas ela sempre vai gostar de voltar à sua fonte. 

Seria como alguém que tem um apartamento muito agradável e os amigos a vivem convidando para sair e ela diz:

– Não! Estou bem aqui. Não tenho necessidade de sair. Gosto de ficar aqui, em meu canto!

Achei a ideia linda e clara! 

No vídeo em inglês,  explica que, normalmente, quando se faz a pergunta ESTOU CIENTE? não se faz uma elaborada viagem mental… mas sim, ocorre uma volta, em que, por segundos a MENTE RETORNA A FONTE… e no momento em que a mente atravessa a porta para a fonte, ela deixa de ser mente… e se torna PURA CONSCIÊNCIA! E chega EM CASA! 

Sim, chega em casa, de longas jornadas e batalhas no mundo externo… como o Filho Pródigo que VOLTA AO LAR INTERIOR… 

Isso me lembra um dia em 2005, em que, após ver um filme muito profundo espiritualmente (que não tratou do tema em nenhum momento), enquanto voltava ao meu quarto, me veio a frase:

– O ego é a fração do SER cristalizada, congelada, que não se sente mais parte da ÁGUA DA VIDA… DA FONTE… 

Mas quando voltar à fonte, se dissolverá nela, tornando-se una com ela. 


Segue vídeo legendado em Port-BR, com o mesmo tema:

RUPERT SPIRA – A VIA DIRETA


MAIS UM VÍDEO PARA COMPLEMENTAR O TEMA

God Needs Our Mind to Know the World | Rupert Spira


DEUS NECESSITA DE NOSSA MENTE PARA CONHECER O MUNDO!


No vídeo acima Rupert diz que a MENTE É A ATIVIDADE DA CONSCIÊNCIA. 

Mas a CONSCIÊNCIA não necessita da Mente para ser ciente de si, por que ela é a CONSCIÊNCIA PER SE. 

Mas, se ela quer saber algo além dela, como do mundo, então ela necessita assumir a FORMA DA MENTE!

Em outras palavras: a mente é a agência pela qual a consciência conhece o mundo!

Depois ainda usou outra metáfora, muito clara: Ele disse que se Mary (a consciência), quisesse conhecer as ruas de Londres (exemplo para conhecer o mundo), ela teria que usar Jane (a mente) e se focar de tal forma, que ela iria ir para segundo plano como Mary = Consciência.

E continua dizendo que neste caso, Jane é uma limitação temporária da Mente de Mary = Consciência Infinita, mas que, ao ver o mundo através da mente-Jane (ou da Agência), ela se vê como o mundo… (xii, e aqui que começa a cristalização do ego… separado… que não lembra mais que em essência era Mary usando Jane para ver o mundo).


Logo, cada mente é como uma vidraça através da qual Deus vê a si mesmo como o mundo…


E assim cada mente realiza ou atualiza um segmento do infinito potencial de Deus.



Assim, Deus necessita nossa mente para conhecer a si mesmo como o mundo, mas ele não necessita da mente para conhecer a si mesmo.

Daí o autor da pergunta inicial, pergunta, quem então inicia o caminho do despertar: Jane ou Mary? A consciência ou a mente, a agência da consciência. Ou: quem inicia o Retorno, o Despertar: o ego, ou a Consciência?

E Rupert responde: imagine que o ego esteja doente, perto da morte, e sabendo disso começa a relaxar e percebe que ele não é a Consciência Infinita, mas apenas a modulação finita dela em forma de ego.


Daí ele fala algo interessante: que o medo da morte, o confrontar-se com a morte, faz com que Jane (o ego) se veja face a face com Mary (a CONSCIÊNCIA), e finalmente pode RELAXAR… SENTIR PAZ… e isso faz com que os esportes extremos sejam tão “potentes” ou viciantes… e diz que Meditação é exatamente o mesmo processo, só que seguro!

UMA VIVÊNCIA EM AMSTERDÃ

Depois disso ele conta – de forma resumida – porque parece que já relatou isso num vídeo – que ao visitar um amigo em Amsterdã o amigo o levou a ver a outra face de Amsterdã… e daí ele conta que viu aqueles elevadores “da morte”, em que se é precipitado para baixo, dentro de uma cápsula e antes de bater no chão, algo segura… Disse que tal frenesi faz o mesmo efeito de PAZ E ENTREGA diante da eminência da morte… ou do perigo fatal…

Daí eles passaram em frente a uma igreja e Rupert diz que também eles estão lá para ENTREGAR TUDO A DEUS e sentir a tal PAZ…

E nisso passaram em frente a um local (não lembro detalhes) e como era um dia de sol, estavam todos com um copo de cerveja na mão e muito relaxados – e Rupert disse que também eles buscavam via cerveja sentir A PAZ, O RELAX… A ENTREGA… o esquecimento…

E daí passaram do lado de cabines onde se podia ver mulheres nuas (prostitutas – algo assim), e os homens estavam por lá… ansiosos… etc. E Rupert diz que também eles buscavam a A ENTREGA, O RELAX (não sei que termos usou de fato)…

E assim ele diz que todos buscam, a seu modo, sentir a PAZ que, de fato, se sente quando a MENTE RETORNA A SUA FONTE ORIGINAL – A CONSCIÊNCIA. (Por isso todas as atividades que nos trazem RELAX são tão viciantes, pois eles imitam o que sente quando se Volta a Fonte – quando a Mente finalmente se rende a sua Fonte).

Finaliza dizendo: Jane (o ego), está engajada em todas as atividades citadas, para trazer sua mente finita a um fim, ao reconhecer que ela é Mary, a Consciência, e Mary, aliviada, se reconhece como sendo Jane, que ela enviou ao mundo para se conhecer, pois, a Mente de Mary precisa da Mente de Mary para se conhecer como tal, ou como os sufis dizem:

Eu conheci meu Senhor por meio do meu Senhor!

<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>


Comentários