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<<< a capa da imagem é do meu livro impresso - que encontrei em algum sebo em Curitiba - preciso checar a data (costumo anotar) - pelo visto há novas edições >>>
É um livro sumamente intrigante - para aperitivo, copiei o ÍNDICE do Cap. 1 ao Cap. 8.Pelo link abaixo podem baixar o PDF - mas sugiro adquirir o impresso.
Mas, antes do ÍNDICE, decidi copiar o PREFÁCIO que falará por si (e como vai falar), para que as pessoas possam usar o BLOG TRANSLATOR para lerem em seus idiomas. Falando em idiomas, acabei de checar e achei algo em inglês:
https://pt.scribd.com/book/393265663/A-Dweller-on-Two-Planets
https://en.wikipedia.org/wiki/A_Dweller_on_Two_Planets
Nota: ao copiar o prefácio e demais, percebi que, pelo menos no PDF, houve uma duplicidade de partes do texto do autor, Phylos, e, talvez, algo tenha ficado de fora do original - ainda vou checar com meu livro impresso, para ver se isso foi a falha no PDF ou no livro - pelo menos na edição da capa acima. Mas eu excluí as partes duplas, de forma a ficar fluído o texto. De fato, li tudo e não parece haver nenhuma lacuna - acho que exclui o texto duplo no ponto exato - digo isso, porque a duplicidade não foi de um ponto a outro - mas com uma falha no meio.
PREFACIO DO AMANUENSE
Com a permissão do Autor, cuja carta a mim endereçada segue-se a este prefácio, e para responder as perguntas e satisfazer, na medida em que meu testemunho pessoal o torne possível, todas as mentes inquiridoras, humildemente me apresento para descrever os principais fatos relativos a este livro, que até para mim é notável.
Sou filho único do Dr. Oliver e sua mulher, tendo ambos residido por muitos anos no Estado da Califórnia. Nasci em Washington, D.C., em 1866, e fui trazido a este Estado por meus pais dois anos depois. Antes de começar a escrever este livro, em 1884, minha educação tinha sido relativamente limitada, abrangendo um conhecimento superficial dos assuntos tratados no mesmo.
Meu pai, médico bastante conhecido, faleceu há alguns anos. Ele e minha mãe foram testemunhas diárias da maioria das circunstâncias e dos fatos ligados à tarefa de escrever esta obra. Mas, a não ser por estas informações, não julgo que deva incluir minha família neste assunto, nem a mim mesmo, a não ser quanto a apresentar-me e esclarecer meu papel de amanuense ou copista.
Sinto que mental e espiritualmente, não passo de uma figura ao lado do Autor das questões grandiosas, profundas, de grande alcance e transcendentais, apresentadas nas páginas que se seguem; leio e as estudo com tanto interesse e proveito quanto qualquer outro leitor. Ao mesmo tempo sinto, sem nenhum sentimento do orgulho natural do Autor de um livro como este, que se trata de uma obra de generoso amor, que ajudará no aprimoramento de um mundo que se esforça para se elevar, sempre em busca de mais luz, e que alimentará os que têm fome de conhecer o grande mistério da vida e da alma em constante evolução, através daquele que disse:
"EU SOU O CAMINHO; SEGUE-ME".
Nestes dias marcados pela dúvida, pelo materialismo e até pelo absoluto ateísmo, necessito de toda a minha coragem para afirmar, em termos claros e inequívocos, que o livro "UM HABI-[19] TANTE DE DOIS PLANETAS" é uma absoluta revelação; que não creio ser seu Autor, mas que uma dessas pessoas misteriosas, um adepto do arcano e do oculto no universo, se meus leitores assim preferirem chamá-lo, é seu verdadeiro Autor. Isto é um fato. O livro foi revelado a mim, um menino; um menino, sim, cujos pais eram tão liberais que o deixavam lazer o que desejasse, na maioria das vezes. Sem que me faltasse inclinação para o estudo, mas, por faltar-me força de vontade, continuidade e energia, obtive muito pouco no campo dos triunfos acadêmicos, sendo asperamente criticado por meu professor como "lânguido e até preguiçoso".
Por conseqüência, quando "Phylos, o Esoterista" me tomou ativamente aos seus cuidados, escolhendo-me para ser seu instrumento neste mundo, esse profundo adepto demonstrou o, que parece uma fé rara, pois eu era desprovido de uma educação sólida segundo os moldes usuais e não tinha tendência religiosa especial, tendo para recomendar-me apenas o desejo e o amor pelo insólito e uma mente razoável.
Durante um ano, meu preceptor oculto me educou através de "conversas mentais", e a tal ponto minha mente ficou ocupada com os muitos pensamentos novos com que ele me inspirava que eu não mais prestava atenção ao meu ambiente e trabalhava automaticamente, se é que trabalhava; estudava sem ler, mal ouvindo quem se dirigisse aos meus sentidos exteriores.
Foi então que meu pai decidiu dar um fim à minha "iminente imbecilidade", como ele a chamava; isto porque eu evitava dar explicações e nada dizia a respeito dos diálogos com meu preceptor místico, que eu mesmo só havia visto umas poucas vezes. Cedi à pressão e contei a meus pais o que para mim era um segredo divino. Para meu alívio, não recebi seu desprezo, mas, após ouvirem meu longo relato, meus pais expressaram o desejo de ouvir o misterioso estrangeiro. Este não consentiu, mas permitiu-me citar suas palavras, preleções e discursos, e acabei me tornando tão proficiente que conseguia repetir suas palavras quase tão rapidamente quanto ele as pronunciava. Formou-se um círculo em minha casa, que primeiramente consistiu em meus pais, W. S. Mallory (ora em Cleve-land, Ohio) e eu, como ouvintes, e Phylos como instrutor. Mais tarde as Sras. S. M. Pritchard e Julia P. Churchill passaram a estar presentes. Isso foi em Yreka, Distrito de Siskiyou, Califórnia, no início da década de oitenta, onde este manuscrito foi iniciado em 1883-4 d.C, [Blog: ou seja: de 1883 a 1884] tendo sido finalizado em 1886, em Santa Bárbara, Califórnia, onde sempre permaneceu, às ordens do Autor.
Será de grande interesse para os muitos que amam, ou que tiveram seu interesse despertado pela Califórnia, saber que, dian- [20] te da vista do Monte Shasta, um de seus picos mais elevados, este livro foi iniciado e quase completado, sob a inspiração do espírito da natureza que sempre fala com aqueles que o ouvem e compreendem.
Quanto àquilo em que o Autor difere de nós, mortais comuns, e a como por seus métodos ocultos ele tem o poder de ditar ou "revelar", como o fez e continua a fazer, poderá ser melhor esclarecido pela leitura dos surpreendentes registros apresentados neste livro e que são a sua história pessoal.
Em 1883-4, diante da visão inspiradora do Monte Shasta, o Autor passou a indicar-me que deveria escrever o que ele me relatasse e, curiosamente, ditou o capítulo inicial do "Livro Segundo" em primeiro lugar. Outros capítulos, tanto anteriores como posteriores a esse, foram dados a intervalos de semanas e até meses, algumas vezes preenchendo uma ou duas folhas, e em outras oportunidades até oitenta páginas eram cobertas em poucas horas. Às vezes eu era despertado no meio da noite por meu mentor e escrevia à luz do lampião, e por vezes até no escuro. Em 1886, a parte principal da obra, segundo o meu entendimento, ficou pronta.
Então ele me fez revisá-la, sob a sua supervisão, sendo esse trabalho tão irregular em termos de horário quanto o anterior. Na verdade, era como se ele já tivesse o manuscrito preparado quando começou a ditá-lo, não lhe importando quais partes tivessem sido escritas em primeiro lugar, desde que tudo estivesse registrado. Tivesse eu sido um médium, no sentido dado a este termo pelos que crêem no espiritismo, pelo que entendo a escrita teria sido automática e eu não teria sido forçado a verter suas palavras para minha própria língua, além de que nenhuma revisão teria sido necessária.
O fato é que sempre estive consciente do lugar onde me encontrava, e me sentia parecido com qualquer estenografia, mas com menos qualidades como amanuense, pois ainda não tinha me tornado um repórter conhecedor de estenografia. Percebendo o quanto essa arte me seria útil para anotar os ensinamentos de meu instrutor, aprendi a escrever estenograficamente, embora nunca me tornasse um perito nisso.
O trabalho foi revisado duas vezes-, duas vezes ele me fez repassar esse manuscrito feito tão desorganizadamente que, conforme eu já disse, foi escrito praticamente de trás para a frente. Foi ditado de modo tão estranho que eu quase não tinha idéia do que fosse nem do que tratava. Em certa ocasião, quando eu já tinha escrito mais de duzentas páginas, na maior parte do fim para o [21] começo -isto é, as últimas frases vinham em primeiro lugar, tão rápidas e misturadas que eu não compreendia seu sentido - ele me fez queimá-las sem sequer lê-las. Obedeci, e até hoje tenho pouco conhecimento do que aquelas páginas continham nem por que tive de destruí-las; não recebi qualquer explicação. O livro foi terminado em 1886, embora o manuscrito tivesse sido examinado para fins de publicação por um perito, a fim de que quaisquer erros atribuíveis à minha própria limitação e enganos de secretário - amanuense pudessem ser eliminados. j
Em 1894, o manuscrito completado em 1886 foi datilografado em duas vias pela Sra. E. M. Moore de Louisville, Kentucky, estando ela de posse de uma dessas vias desde meados de 1899- A cópia Moore não teve sequer uma letra mudada desde então, e a prova disso foi judiciosamente preservada. Os direitos sobre o manuscrito me foram concedidos em 1894 e, devido a um acréscimo ao título, novamente neste ano de 1899.
No decorrer desse tempo não tive permissão nem condições para publicá-lo. Nesse ínterim, muitas das coisas comentadas a respeito de redescobertas científicas e mecânicas, citadas na obra, aconteceram. As grandes conquistas dos atlantes, perdidas por milhares de anos em virtude do naufrágio de seu grande continente, foram e estão sendo rapidamente trazidas à luz e utilizadas, confirmando a predição do Autor.
Note-se a recente descoberta do "Raio X" ou Roentgen, sequer sonhada em 1886; no livro você poderá encontrar um longo tratado sobre "Cátodos" e os espantosos poderes do "Lado Obscuro da Natureza", de uso tão prático e tão bem compreendido pelo povo daquela era maravilhosa. Note-se igualmente o telégrafo sem fio; também este faz parte do livro, em várias passagens, impedindo a possibilidade de interpolação. Lembro também a existência de "Uma Só Energia" e "Uma Só Substância", que ora encontram defensores capazes e aceitação científica generalizada, deixando de ser uma quimera relativa à hipótese elementar há tanto tempo formulada pelos químicos.
Também isto é parte integral do livro, embora há pouco mais de dois anos tenha parecido um artigo no Harper's Magazine divulgando essa crença de fim de sé- culo como uma novidade. Estes são apenas exemplos mais marcantes do que foi introduzido em "O HABITANTE DE DOIS PLANETAS" em 1886, juntamente com muitas predições sobre o surgimento imediato do que o Autor denomina redescoberta dos segredos enterrados com a Atlântida; o livro também prometeu [22]que nós, como atlantes redivivos, estamos caminhando para além de sua grandeza perdida e que, através de passos lentos, sintéticos, estamos a caminho inclusive de ultrapassar aquelas maravilhosas descobertas, pois a mente e a alma do homem, em constante crescimento e expansão, sobem cada vez mais alto pelas espirais da evolução.
Quanto aos mais denodados mas talvez céticos buscadores, posso dizer que as provas de que este livro foi terminado em 1886, antes que as mais recentes descobertas tivessem vindo à luz, existem em abundância e podem ser claramente demonstradas, para afastar as dúvidas que de outra forma poderiam alojar-se em sua mente e impedi-los de aceitar esta obra pelo que seu Autor afirma que é, ou seja, a verdade.
Da capacidade dos leitores para aceitarem este livro como história e não ficção depende em muito a iluminação da Senda de sua alma. Tenho uma grande expectativa quanto a outra obra, mas não sei se será recebida por mim ou por algum outro amanuen-se. Se essa obra me for transmitida conforme prometido, será mais um objetivo para os olhos interiores dos que tirarem proveito deste livro e estiverem em busca de mais subsídios que os coloquem firmemente na "Trilha Estreita da Consecução".
Enquanto escrevo como seu secretário, estou sempre consciente da presença que se autodenomina Phylos toda vez que decide vir à minha presença, e às vezes o ouço e falo com ele, embora raramente o veja. A clarividência e a clariaudiência explicariam isto. Escuto, falo ou escrevo como me é ordenado. Muitas vezes me é mostrada a imagem mental e fico livre para expressá-la em meu próprio estilo. Nessas ocasiões fico consciente de meu ambiente como em qualquer outra oportunidade, embora me sinta elevado como na presença de um Mestre, e executo com prazer a função de mim requerida. Se a amorosa atenção que pessoalmente recebi de meu sábio amigo tivesse sido fiel e persistentemente lembrada e seguida, em vez de ter sido negligenciada ou esquecida a ponto de quase desaparecer de minha memória durante suas ausências, certamente eu teria sido um exemplo melhor do que imagino ser quanto às lições que ele expõe neste livro.
Nunca me apresentei a qualquer pessoa ou ao público como alguém que possui qualidades mediúnicas ou de outra espécie, nem usei isso a pedido de qualquer pessoa, fosse por afeição ou por dinheiro. Sejam quais forem meus talentos ou qualidades nes- [23] se campo, só foram usados como um dom sagrado. Dadas äs influências que me envolveram neste empreendimento, posso agradecida e sinceramente dizer que nunca fui tentado a agir de outra forma, mesmo que pudesse, e nunca recebi maior recompensa do que sinto que meu trabalho me trouxe.
E agora surge a pergunta: acredito neste Livro?
Sim, sem hesitação.
Talvez existam pontos que só possa aceitar pela fé, como qualquer outro leitor, sentindo que chegará o dia em que, caso permaneça fiel, serei instruído pelo Espírito de que ele é testemunho. Certamente haverá críticas de alguns sobre o método usado para escrever este manuscrito e sobre a verdade de algumas afirmações nele contidas, como freqüentemente ocorre no caso dos que preferem acreditar que afirmações dessa espécie não passam de ficção. Vim a conhecer pessoalmente a veracidade de algumas das informações mencionadas neste livro, no decurso dos quinze anos em que estive ligado ao mesmo. Tive muitas experiências, mentalmente confirmatórias, pelo menos, de declarações diretamente feitas pelo autor, ou tendentes a reforçar a absoluta confiança que tenho naquele que tão profundamente reverencio. Caí muitas vezes, tal como "Christian" no "Pilgrim's Progress". Mas a Senda continua presente. Acaso o Sol deixa de brilhar porque o nevoeiro o obscurece? Não devemos então seguir a Senda, esquecendo as pessoas, olhando apenas para o espírito, enquanto lemos o Livro de Phylos?
F. S. OLIVER
CARTA DE PHYLOS, AUTOR DESTA HISTÓRIA
Janeiro de 1886
Hoje, meu irmão, as massas de humanidade deste planeta despertaram para o fato de que seu conhecimento sobre a vida, o Maior Mistério, é insuficiente para as necessidades da alma. Por isso uma escola avançada de pensamento surgiu, cujos membros, ignorando a misteriosa verdade, não obstante reconhecem essa ignorância e pedem luz. Não tenho pretensões quando digo que eu, estudante teo-cristão e Adepto Oculto, pertenço a uma classe de homens que conhecem e podem explicar esses mistérios. Eu e outros Adeptos Cristãos, inspirados pela capacidade de exercer, com nossa mente mais poderosa e treinada, o controle de mentes que o são muito menos, influenciamos escritores e oradores inspirados.
Assim, quando o povo clama por pão, nossos mediadores o dão a ele.
Quem são esses nossos mediadores? São ho- [24] mens e mulheres, pertencentes ou não a igrejas, que testemunham a Paternidade de Deus, o Homem como Seu Filho e a Fraternidade de Jesus com todas as almas, a despeito de credos e fóruns eclesiásticas. Porque esses, nossos escritores e oradores, labutam pelo bem humano e atraem o bem, como um alimento provindo das águas. É apropriado que os líderes da vanguarda mental recebam uma generosa remuneração. E recebem.
Mas nesse ponto interpõe-se uma nova fase. Observando o grito por mais verdade, vendo também como é grande a recompensa, eis que se levanta o imitador, que não tem a luz da inspiração nem o conceito da verdade real de nenhuma lei do Eterno. Que faz ele? Observa! Com uma pena de imitação, cuja ponta não tem o ouro do fato, pois é feita com o metal perecível da ambição egoística, essa pessoa escreve. Mergulha a pena na tinta do sensacionalismo mais ou menos emocionante, turvada pela sujeira da imoralidade e da torpeza, e traça um quadro de palavras ilustrado com as tintas da sensualidade e da corrupção. Não há em seu trabalho um propósito elevado para inspirar seus leitores; ele lida com os aspectos inferiores da vida e, ignorando a inexorável penalidade para o pecado, não exige expiação para suas personagens. Embora sinta-se um tanto encantado pelo brilhante quadro pintado com palavras, o leitor vai até o fim, mas tem consciência de que o clamor de sua alma pelo pão do infinito não foi ao menos respondido com uma pedra, mas com um punhado de lama'. Nenhum bom propósito foi servido, nada foi ensinado sobre as leis e filosofias reais da vida, essa leitura atrai para baixo, nunca eleva. Mas sobre aqueles que assim agem recairá a retribuição, e eles serão seus próprios juizes e executores no mar aberto da alma, onde seu próprio espírito não terá misericórdia para com as más ações da alma. Podemos encontrar outros imitadores que, inflamados por um genuíno desejo de fazer o bem, parodiam afirmações intuitivas e, por pobre que seja seu trabalho, se o impulso for bom, o Alto poderá julgar que o que é feito pelo bem não pode ser mau. Mas que se guardem aqueles que, por dinheiro ou vantagem pessoal, são tentados a oferecer pedras ou lama!
E agora, meu irmão, tenho outro assunto para tratar.
Certos leitores de meu livro, "Dois Planetas", podem estranhar as passagens relativas ao pecado da Princesa Lolix e de Zailm, sobrinho por lei do Imperador Gwauxln. Podem eles alegar que a menção desse fato, embora passível de ocorrer como uma das variadas experiências da vida, está fora do contexto em um livro cujo objetivo é altamente moral. Mas pergunto aos que conhecem meu trabalho-, é mesmo assim? Será indesculpável falar desses crimes 125] graves mas comuns, se o autor puder tratá-los como exemplos de violação da lei e colocar a operação dessa lei com tanta clareza diante do insensato mundo que homens e mulheres tenham medo de ir contra ela, por temerem a punição de que é impossível se evadirem? Julgo injustificável guardar silêncio nessas circunstâncias. Longe de exagerar na estimativa da penalidade para esse crime, não descrevi o quadro expiatório em sua totalidade. Sei do que falo, pois esta, meu irmão, é a história de minha própria vida e as palavras não têm o poder de descrever a profunda desgraça que essa punição me causou! Se uma única alma for salva de semelhante horror e de um pecado igual ou parecido, ou de um erro dessa espécie, isto já me bastará. Procurei explicar o grande mistério da vida, ilustrando-o com uma parte da minha história pessoal, com excertos que cobrem milhares de anos; e o maior de todos os Livros foi o meu guia. A ele nada acrescento nem tiro, mas explico.*
A paz esteja contigo.
PHYLOS
Adendo: sinto-me em grande débito para com muitos grandes escritores e autores brilhantes por numerosas citações que usei sem me referir à autoria; seria impossível dar esse crédito citando os nomes de todos e por isso devo fazê-lo concretamente, assim como o mundo se vê forçado a expressar sua gratidão coletiva, não com palavras de louvor mas moldando sua vida em conformidade com os nobres preceitos da poesia e da prosa, dadas à humanidade como o legado de todas as eras. Assim como o mundo é auxiliado, também minha obra o foi; espero ter retribuído auxílio por auxílio.
Atenciosamente
PHYLOS
UMA PREDIÇÃO MARAVILHOSA
Neste prefácio, que me foi concedido pelo Autor, posso escrever o que desejar.
Há um assunto que não foi especificamente tratado por Phylos em seu livro, mas que não me foi proibido citar e que sinto ser um dever transmitir ao público, especialmente porque me foi relatado por ele em Reno, Nevada, onde eu passava o verão do ano de 1866. Na época eu o incorporei num pequeno conto, que datei e li para uma jovem amiga, Miss S. Ela pode testemunhar es- * Apocalipse 22:18,19 e também I Tim. 6:3,12. [26] se feto, pois o conto foi parcialmente escrito na presença dela, submetido à sua crítica e à de sua mãe e sua irmã, além de um ponto importante que foi o de que o escrevi em papel comprado na papelaria e livraria do pai dela.
Na ocasião, Phylos me disse que dentro de cinqüenta anos, mais ou menos, segundo ele pensava, cientistas mundanos descobririam e aplicariam a energia elétrica ao telescópio astronômico. De que forma, ele não revelou, embora tivesse dado amplos detalhes, de modo que alguém que conhecesse esses assuntos poderia usar a idéia e levá-la a um resultado bem-sucedido. Ele disse que as correntes elétricas "não influenciadas por vibrações como as que produzem som, calor e luz, até sofrerem resistência, seriam sobrepostas às vibrações de luz que constituem a imagem vista através do telescópio". Isto seria feito por meio de elementos químicos bem conhecidos, cujos poderes maiores até então não reconhecidos estavam por ser descobertos.
O resultado disso me foi descrito como mais espantoso e maravilhoso do que um sonho. Ele falou que sóis e corpos estelares, tão distantes que centenas deles (mesmo neste ano de 1899) aparecem como pontos esmaecidos quando vistos pelos mais poderosos telescópios modernos, nesse aparelho eletro-estelar, com amplificação apropriada das ondas eletro- luminosas, ficariam tão claros à visão terrena que objetos não visíveis aos olhos terrenos seriam facilmente perceptíveis no mais distante corpo estelar, por mais remoto que este fosse.
Além disso, Phylos disse que não havia incluído este assunto cm se livro porque a Atlântida não o conhecera, a despeito de suas maravilhosas conquistas científicas. Por conseqüência, não se trataria de uma "redescoberta", mas de um avanço distinto de tudo que a Terra já conheceu - o próprio Salomão finalmente superado, pelo menos no que se refere a seu milenar provérbio sobre o nosso planeta.
Respeitosamente
O AMANUENSE, FREDERICK S. OLIVER
Los Angeles, 11 de outubro de 1899-
Leiam abaixo o curioso detalhe inserido dentro do Índice do Cap. 4 - ele fala por si.
Ah... não se trata de dois planetas - o termo se refere a mundos...
ÍNDICE
LIVRO 1
CAPÍTULO I ..................................................................................................... 29
Atlântida, Rainha do mar e do mundo. A peregrinação de Zailm ao topo do Pitach Rhok para adorar a Divindade. Ele encontra ouro. A erupção vulcânica. Ele é quase alcançado pelo rio de lava, mas escapa.
CAPÍTULO II ....................................................................................................45
Caiphul, Capital da Atlântida; seu povo, sua forma de governo; a política e as maravilhosas invenções mecânicas. Excertos de leis trabalhistas. Sistema de trânsito eletródico.
CAPÍTULO III ...................................................................................................61
Zailm determina seu curso de estudos, conforme acredita ser o que Incal comandou.
CAPÍTULO IV ................................................................................................... 65
A ciência física como é compreendida pelos poseidanos, e seus princípios básicos. "Incal Malixetho", isto é, "Deus é imanente na Natureza", foi o primeiro. A isto acrescentou-se "Axte Incal Axtuce Mun", significando "Conhecer Deus é conhecer todos os mundos". Eles afirmavam que uma Única Substância existia e só Uma Energia - Incal externalizado e Sua Vida em ação em Seu Corpo. Aplicando este princípio ao trabalho científico obtiveram a navegação aérea sem combustível nem velas, fazendo a volta ao globo em um dia, a transmissão de som com a imagem do emissor, a condução de calor sem energia a qualquer distância sem ligação material, a obtenção de metais transmutados por ação elétrica, água tirada da atmosfera, latas e muitas outras técnicas eram comumente usadas (algumas delas já estão sendo redescobertas, mas o leitor deve lembrar que este livro foi terminado em 1886, quando o mundo moderno não as conhecia. O Raio Catódico só foi descoberto em 1896).
CAPÍTULO V ................................................................................................... 71
A vida de Zailm em Caiphul. O Rai das Leis do Maxin. Encontro com o rofeta. Visita ao Palácio e uma entrevista com o Imperador.
CAPÍTULO VI ................................................................................................... 87
Nenhum bem pode perecer. Sinopse da origem dos poseidanos.
CAPÍTULO VII ................................................................................................. 91
Religião dos poseidanos. "Não fecheis as Extremidades de Minha Cruz"
(ilustração).
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