In the tiny space between your breaths and the silence between your thoughts I have placed a door that leads directly to me. RUMI
No pequeno espaço entre suas respirações e no silêncio entre seus pensamentos, coloquei uma porta que leva diretamente a mim. RUMI
Outra frase que diz o mesmo em outras palavras - para acessar, clique no link do INSTA abaixo:
I am in you and I am you. No one can understand this until he has lost his mind.
Eu estou em você e eu sou você! Ninguem pode entender isso até que tenha perdido sua mente!
https://www.instagram.com/mewlana_jalaluddin_rumi/
O ESPORTE COMO MEIO
Esses dias senti vontade de rever o filme PODER ALÉM DA VIDA, pois ele me fez lembrar o que vivi aos 14 ou 15 anos jogando tênis de campo. Naquele dia joguei com minha jovem professora e depois de 4 horas, eu ganhei o jogo - e só ganhei porque ocorreu algo extraordinário em dado momento. (Na verdade eu era boa no esporte - cheguei a ganhar uma medalha, mas, fato é que era anormal a aluna ganhar da professora).
Em dado momento perdi a noção do tempo - eu me via jogando como que em câmara lenta e por isso tive pleno controle de todas as tacadas. Nunca esqueci disso e só entendi quando comecei a me interessar pela ADVAITA VEDANTA, que, em palavras ultra simples, seria ACESSAR O PODER DO AGORA. E ficou mais claro quando vi o filme citado.
Depois de ter tido outras experiências em momentos de SILÊNCIO e conexão com O SER, entendi o que significa "perder a mente" - ela fica ausente, literalmente - mas você continua recebendo impressões, só que não mais do ego, da memória e sim apenas do AGORA... do SER...
NÃO IMPORTA O MEIO...
Por isso entendi que nunca se tratou de seguir Caminho X ou Y - e que só eles poderiam te conectar com O SELF, O REAL SER - mas sim de qual MEIO TE CONECTA MELHOR. Pode ser um ESPORTE, aliás, esta era a função de várias ARTES MARCIAIS, e não a luta em si, mas o ACESSO AO TEMPO PRESENTE, quando a mente está tão focada no AGORA que... ela se perde, e o que fica é O PODER DO AGORA... usando o título do livro de ECKHART TOLLE, que também atingiu tal conexão ou LIBERAÇÃO... os nomes diferem e cada um entende o PROCESSO com nomes diferentes.
A DANÇA COMO MEIO
Igualmente, quando você se entrega a Dança de tal maneira que ela se torna inteira - e se perde a noção de quem dança, mas apenas do DANÇAR, pode ocorrer a conexão com O AGORA, e como sempre gostei de dançar, algumas vezes estive perto de tal estado via dança comum, mas que me inspirou tanto, que perdi a noção do tempo e do espaço...
O GRANDE DESAFIO É A ENTREGA TOTAL...
Esta entrega do ego, que é a mente racional, abarrotada de memórias conscientes e inconscientes, cheia de apegos de todos os tipos, inclusive o de atingir a LIBERTAÇÃO DO EGO, é o mega desafio, por isso, ter experiências de acesso ao SER ou ao AGORA, que é o mesmo, é uma coisa, SE TORNAR O SER é outra... é quando a gota retorna ao mar... (parafraseando Rumi) SEM PERDER A CONSCIÊNCIA, pelo contrário, mas somente a mente cheia de dilemas, problemas, apegos e sonhos...
TAL ENTREGA TOTAL PODE OCORRER...
Com a DANÇA, ESPORTE, com a DEVOÇÃO PROFUNDA a algo que te inspira tanto, que se perde A MENTE, como via técnica ATMA-VICHARA, reativada pelo grande sábio e liberto RAMANA MAHARSHI, enfim, NÃO IMPORTA O QUE, importa QUE OCORRA A ENTREGA DA MENTE HUMANA... (que é o ego), para ela se tornar A PURA TELA POR ONDE SE PROJETA O SER DIVINO... dito em termos bem simples...
Talvez a experiência de PAPAJI vai dar uma luz a mais sobre o que pode ocorrer quando um LIBERTO derrama sua GRAÇA sobre um BUSCADOR SINCERO... eis outro meio de se tornar também um LIBERTO DA MENTE egóica:
https://www.advaita.com.br/papaji/
E aqui constam todas as postagens que fiz sobre RAMANA MAHARSHI:
https://safirasworld.blogspot.com/2023/04/minhas-postagens-sobre-ramana-maharshi.html
EU SOU O CAMINHO, A VERDADE E A VIDA, NINGUÉM VEM AO PAI SENÃO POR MIM...
A frase acima, que vem sendo interpretada por diferentes níveis de consciência, em sua versão mais profunda, justamente professa o que todos grandes LIBERTOS professaram, pois o EU SOU é outro nome que o Oriente dá para o ATMAN ou SER, ou ao ESPÍRITO ETERNO...
Jesus O CRISTO, tendo consciência disso, disse, a seu modo, que o EU SOU é O CAMINHO, A VERDADE e A VIDA para o PAI, ou SER, ou para O REINO ALÉM DA CRIAÇÃO... pois
ANTES DE ABRÃAO (símbolo da CRIAÇÃO para os CRISTÃOS), EU, ou o EU SOU, já EXISTIA... Jesus como HOMEM FÍSICO não, mas sua PARTE DIVINA, ETERNA, chamada de EU SOU em muitos contextos, SIM. SEMPRE EXISTIU - É ETERNA!
E por isso também aludiu que para retornar AO ETERNO, AO PAI, os humanos teriam que voltar a SER CRIANÇAS, puros como crianças, sem a mente abarrotada de problemas... conhecimentos... tudo cargas para serem liberadas para ACESSAR O PORTAL DA ETERNIDADE...
Pois, não se trata apenas de BENS MATERIAIS que geram apegos (na época sim, eram apenas tais bens os grandes pesos), mas ao aludir que nenhum rico entrará no reino dos céus, hoje podemos entender os ricos em desejos, em conhecimentos, em teorias, sobretudo - eis nossa carga maior! Ou a busca por poderes de todos os tipos - são caminhos ou meios que justamente nos afastam do CAMINHO DIRETO AO PAI!
Mas precisamos levar em conta que nem todas as almas vieram para se liberar da MENTE EGÓICA nesta vida - elas querem viver aventuras incríveis, seja aqui na Terra, ou em outras dimensões - e nisso não tem nada de errado - afinal, a CRIAÇÃO está aí para quem a quiser explorar. E isso explica os tantos caminhos que nos preparam para outras dimensões. Porém, como vivemos uma ERA FINAL em termos de CONHECIMENTOS sobre A RAZÃO DE SE TER NASCIDO HUMANO, a razão mais profunda e complexa, e, ao mesmo tempo a mais simples, é a de VOLTARMOS À CASA DO PAI! Que fica fora da CRIAÇÃO, pois a criação, mesmo que em ciclos parecendo eternos, ainda pertence ao TEMPO e o SER VIVE FORA DO TEMPO E DO ESPAÇO, que em termos humanos atuais, se expressa como VIVENDO NO AGORA - NO ETERNO PRESENTE...
NOTA FINAL SOBRE O EU SOU
Quando você aprofunda o conhecimento do ATMAN, você aprende que o EU SOU ainda é uma projeção da LUZ DA CONSCIÊNCIA - do SER. Mas, para isso ficar claro, teria que se ler alguns livros, e o mais direto de todos: MAHA YOGA, que me trouxe da India em 2008 em inglês e comecei a ler esses dias - pois trouxe vários e desde que consigo minimamente entender inglês, venho lendo cada um deles. O termo MAHA YOGA nada tem a ver com HATHA ou as outras YOGAS, mas claro que todas têm seu valor. Porém o termo MAHA é MEGA e YOGA seria equivalente a UNIÃO COM O SER. A bem da verdade, quando você pratica Hatha Yoga e se torna totalmente presente em cada movimento, você ativa O PODER DO AGORA. Pratiquei algumas vezes a Hatha Yoga dessa forma e anos depois, em situações de estresse, vivendo fora do Brasil, pude aplicar tal ao apenas viver o momento, graças a Hatha Yoga e ainda hoje isso me beneficia.
Voltando ao livro citado: MAHA YOGA. Para meu espanto, vi esses dias, que a EDITORA SATSANG o traduziu para o PORT-BR, pelo que sou imensamente grata. Mas devo advertir que muitos vão se chocar com a capa, pois na Índia andar quase nu ou desnudo é feito sem malícia - e Ramana só usava mesmo uma tanga ou algo elementar (mesmo porque ele viveu nos calores do Sul da Índia) - e no Brasil, a tanga e similares, só se aplicam à mulheres. Mas sendo sincera, não gostei da capa, pois se já não é fácil entender o Advaita, uma capa desta gera polêmicas para buscadores não ligados à Índia, por exemplo, aos quais pretendo apresentar o livro. E vou dizer mais: quando eu me comprar o livro em português, vou colar outra imagem por cima, pois, de fato, para mim, aquela foto não me conecta com o termo MAHA YOGA.
Dito isso, segue o link do livro, que vai tirar todas as dúvidas sobre o CAMINHO mais simples, mas o menos compreendido: ATMA-VICHARA e suas implicações! O que o livro revela se encontra em parte (mas sem a devida clareza total), nas 400 páginas ou mais do livro EU SOU AQUILO, de Nisargadatta, ou em outros livros sobre RAMANA (tenho vários). Porém, cada livro tem sua beleza - principalmente depois de se ler o MAHA YOGA vai se entender melhor as respostas dadas aos BUSCADORES, seja via Ramana, Nisargadatta ou outros da linhagem Advaita.
https://www.lojasatsangeditora.com.br/maha-yoga-a-yoga-de-sri-ramana-maharshi
E agora finalizando com o tema inicial:
A DANÇA SAGRADA COMO MEIO
A DANÇA SAGRADA foi a técnica do SUFISMO - expressa, em algum momento, no filme que vejo quase todos os anos: ENCONTRO COM HOMENS NOTÁVEIS!
Segue a descrição do filme pelo canal TBEAT03, aos que não conhecem o mesmo e talvez nem entendam o aspecto espiritual profundo do filme:
Encontros com Homens Notáveis é um filme britânico de 1979, dirigido por Peter Brook e baseado no livro homônimo de G. I. Gurdjieff. O filme conta a história de G.I. Gurdjieff e suas viagens em busca da iluminação e do desenvolvimento interior. Começa com sua infância e segue sua viagem pela Ásia Central, enquanto ele descobre novos níveis de espiritualidade através da música, da dança e de encontros com a morte. Filmado quase inteiramente no Afeganistão, já que as sequências de danças foram filmadas na Inglaterra, narra a busca de Gurdjieff e de seus companheiros pela verdade, seguindo a proposta do livro. Contudo, no filme esta busca resulta na iniciação de Gurdjieff nos mistérios da Irmandade Sarmoung. O filme é notável por tornar públicas algumas visões do Quarto Caminho, a escola criada por Gurdjieff. O livro Encontros com Homens Notáveis é a autobiografia de Gurdjieff. Conta a história de sua juventude e de suas experiências com o fantástico, além de suas recordações acerca dos homens notáveis que encontrou, começando por seu pai. Incluem o sacerdote Pogossiano, da Igreja Apostólica Armênia; o bêbado Soloviev, o príncipe Lubovedsky e um príncipe Russo com interesses em metafisica. O livro é a segunda parte da trilogia conhecida como Tudo e Todas as Coisas, escrita por Gurdjieff entre 1924 e 1935. Sua narrativa nos guia através de um viagem que o próprio Gurdjieff realizou. O autor pretende investigar o que chama de fábrica humana sob o ponto de vista da totalidade de seus centros de energia – motor, instintivo, emocional e intelectual – e a forma de harmonizar os diversos aspectos do ser. Para isso, é fundamental desenvolver o conhecimento de si, por meio da observação de si. Para tanto, Gurdjieff não se limita à palavra escrita, mas operava em seu trabalho com danças sagradas – trazidas de suas andanças pelo Oriente, em particular de seu contato com os dervixes de Istambul e de outros países – e a música – transformadas em composições com a ajuda de seu discípulo Thomas De Hartmann. O sistema de Gurdjieff parte do pressuposto de que os homens estão dormindo, são máquinas ambulantes que não sabem o que fazem. Isto porque o que geralmente achamos que é o EU é, na realidade, um conjunto de EUS que povoam nosso psiquismo. Este é o elemento central de sua proposta de trabalho, inspirada nas antigas ideias gnósticas.
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